DA FOLHA RIBEIRÃO

As polícias Civil e Militar, a pedido do Ministério Público de Ribeirão Preto (314 km de SP), abriram ontem investigação para apurar a morte de Michel dos Santos, 21, morador da favela do Simioni, cujo corpo foi encontrado anteontem no rio Pardo, no município de Jardinópolis. Familiares e vizinhos de Santos acusam a PM pela morte. A corporação disse que vai investigar o caso.
Segundo relato dos familiares que fizeram o reconhecimento do corpo e de um policial civil de Jardinópolis, as pernas de Santos foram serradas na altura das coxas, um dos seus olhos foi arrancado, havia duas perfurações à bala no abdômen e diversos cortes de faca nos braços.
A sogra da vítima, a cozinheira Maria Aparecida da Silva Ribeiro, 44, disse que na última vez que o rapaz foi visto, às 3h da última quarta, ele estava sendo abordado por dois PMs. Ela disse que o genro estava em frente a um bar na avenida principal da favela, esperando carona para ir trabalhar -ele era carregador do Ceagesp.
"Saí para fumar quando vi dois policiais em um carro da PM conversando com Michel. Entrei em casa para buscar um casaco e, ao voltar, não vi mais ninguém", disse Maria.
Um adolescente da favela afirmou que viu Santos sendo algemado e colocado no carro da PM. Desde então, ele não foi mais visto.


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