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Deputado estava no vôo, diz senador
Segundo senador Arthur Virgílio (PSDB), Júlio Redecker embarcou em Porto Alegre no avião da TAM
Parentes e amigos de passageiros se irritaram com a falta de informações no balcão da companhia no aeroporto Salgado Filho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O deputado Júlio Redecker
(PSDB-RS) estava no vôo da
TAM que se acidentou em Congonhas, segundo o senador Arthur Virgílio (AM), líder do partido no Senado. O senador foi
informado a respeito do acidente às 21h pelo governador
paulista, José Serra, que compareceu ao local do acidente.
Até a conclusão desta edição,
os assessores do deputado não
haviam confirmado oficialmente a presença de Redecker
entre os passageiros. Segundo
sua assessoria, ele foi deixado
por seu motorista particular às
16h no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com previsão para embarcar no vôo JJ
3054 com destino a São Paulo.
Os assessores não conseguiram
contato com o deputado.
Redecker deveria acompanhar o presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), em
viagem para Washington para
uma série de palestras no Parlamento norte-americano. Às
21h30, o site da Câmara confirmou o cancelamento da viagem
em razão do acidente.
Redecker, 51, lidera a minoria da oposição na Câmara e está no seu quarto mandato como
deputado. Foi eleito em 2006
com 157 mil votos. Pai de três
filhos, exerce as profissões de
advogado, professor universitário e empresário. O deputado
pretende disputar a prefeitura
de Porto Alegre em 2008.
Em Porto Alegre, o desespero de parentes e amigos de passageiros com a falta de informações sobre o acidente tomou
conta do aeroporto nas horas
seguintes à tragédia.
Irritados, dez familiares tentaram derrubar as portas de vidro de um auditório onde seriam fornecidas informações.
Até as 23h, a companhia não
havia disponibilizado aos parentes a lista dos passageiros.
Antes disso, por volta das
20h40, o gerente da TAM Marcelo Viliccic havia dito que a lista seria divulgada apenas pelo
telefone 0800-117900.
Segundo os parentes, não o
telefone só dava ocupado. Sem
notícias, cerca de 30 pessoas
que estavam no auditório voltaram para o balcão da TAM,
mas já não havia funcionários
no local. O aeroporto funcionou normalmente, mas a TAM
suspendeu o check-in.
Os parentes tentaram invadir o balcão da companhia e foram contidos por seguranças. O
superintendente da Infraero
no Estado, Nilo Reinehr, chegou a ser empurrado.
O jornalista Roberto Gomes,
51, cujo irmão, o empresário
Mário Gomes, 49, estava no
Airbus da TAM, foi ao Ministério Público e ao plantão do Tribunal de Justiça do Estado pedir liminar (decisão provisória)
para divulgação da lista.
Por volta das 21h40, a TAM
chamou parentes de volta ao
auditório do aeroporto para pegar telefones e pedir que voltassem para casa. Muitos saíram
chorando e reclamando da falta
de explicações. Até as 23h, ainda ocorria entre TAM, Infraero, Polícia Civil e dois representantes dos parentes. Muitos haviam ido embora, mas cerca de
50 permaneceram.
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