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Idoso sentiu chão da sala de sua casa estremecer
DA REPORTAGEM LOCAL
Um tremor no chão da sala
modificou o jantar do aposentado Paulo Morganti, 80, há 65
anos vizinho do aeroporto de
Congonhas. "Ouvimos uma explosão e fui ver o que era", conta ele, enquanto observa, no
portão, uma árvore em chamas.
"Olha a minha paineira."
Dezenas de carros de polícia,
bombeiros e ambulâncias, com
suas luzes vermelhas piscando
de modo feérico na pista molhada da avenida Washington
Luís, dão ao resgate dos corpos
do Airbus 320 um clima de filme catástrofe americano.
Moradores, curiosos e a imprensa circulam com máscaras
antigases oferecidas pela Defesa Civil. No meio das ambulâncias, apoiadas no meio-fio, uma
fileira de macas azuis da Infraero estão preparadas para o
transporte dos corpos.
Ao menos dez casas nas redondezas foram interditadas.
Por volta das 21h, os bombeiros
cortaram a energia da região
para evitar outros danos.
A auxiliar de faturamento
Lucilene de Souza, 24, que mora a quatro prédios de onde o
avião caiu, contou que, no momento do acidente, foi até o local e filmou "tudo". "As pessoas
pediam socorro, não sei como
não tive medo." Ela diz que
vendeu as imagens para uma
emissora de TV, mas que ainda
não confirmou o preço.
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