São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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Idoso sentiu chão da sala de sua casa estremecer

DA REPORTAGEM LOCAL

Um tremor no chão da sala modificou o jantar do aposentado Paulo Morganti, 80, há 65 anos vizinho do aeroporto de Congonhas. "Ouvimos uma explosão e fui ver o que era", conta ele, enquanto observa, no portão, uma árvore em chamas. "Olha a minha paineira."
Dezenas de carros de polícia, bombeiros e ambulâncias, com suas luzes vermelhas piscando de modo feérico na pista molhada da avenida Washington Luís, dão ao resgate dos corpos do Airbus 320 um clima de filme catástrofe americano.
Moradores, curiosos e a imprensa circulam com máscaras antigases oferecidas pela Defesa Civil. No meio das ambulâncias, apoiadas no meio-fio, uma fileira de macas azuis da Infraero estão preparadas para o transporte dos corpos.
Ao menos dez casas nas redondezas foram interditadas. Por volta das 21h, os bombeiros cortaram a energia da região para evitar outros danos.
A auxiliar de faturamento Lucilene de Souza, 24, que mora a quatro prédios de onde o avião caiu, contou que, no momento do acidente, foi até o local e filmou "tudo". "As pessoas pediam socorro, não sei como não tive medo." Ela diz que vendeu as imagens para uma emissora de TV, mas que ainda não confirmou o preço.


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