São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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Não sabemos a extensão dos danos, diz TAM

Empresa disse que tinha informação de que o avião pousara e não caíra e que trabalha com "agilidade" para identificar vítimas

Parentes de vítimas serão avisados antes que seja feita a divulgação à imprensa; companhia disponibilizou telefone para familiares

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A TAM divulgou comunicado na noite de ontem afirmando que trabalha "com o máximo de agilidade" para confirmar a identidade dos passageiros do vôo JJ 3054, que ia de Porto Alegre a São Paulo. Informou ainda que os familiares seriam avisados dessa informação antes da divulgação à imprensa.
A companhia disponibilizou o número 0800117900 para atender os familiares de passageiros e tripulantes do vôo. "Neste momento não podemos determinar a extensão dos danos ou de possíveis lesões sofridas pelos ocupantes do avião, passageiros e tripulantes", disse a empresa em comunicado.
O vice-presidente de planejamento da TAM, Paulo Castello Branco, afirmou à Folha, por volta das 19h30, que a companhia aérea ainda estava investigando o ocorrido. "Ainda estamos apurando", declarou. "A informação que temos é que o avião pousou, e não caiu".
Ele afirmou que a empresa não tinha informações, naquele momento, sobre as vítimas. "Ainda não temos nada ainda, vou ter muito em breve. Já abrimos a sala de crise e vamos ter a informação em breve, estamos trabalhando", afirmou.
Questionado sobre o que causou o acidente, Branco afirmou que a companhia ainda não tinha essa informação. "Qualquer coisa dita agora seria muito prematuro". O executivo falou com a reportagem da sala de crise da TAM.
Todas as companhias de maior porte possuem salas de crise, equipadas com telefones por satélite, e-mail e televisões, e planos de contingência preparados que prevêem, nos mínimos detalhes, o que será feito em tragédias como um acidente de grandes proporções.
Maior companhia aérea do Brasil, com metade da demanda por vôos domésticos do país, a TAM, que sempre investiu na imagem de empresa de serviço, vinha sofrendo nos últimos meses críticas à queda na qualidade do seu atendimento. Também foi a companhia de imagem mais atingida junto aos passageiros desde que a crise aérea começou, em 2006.
As críticas aumentaram quando, no Natal do ano passado, milhares de passageiros da empresa sofreram com vôos atrasados e cancelados.
Em um cenário de disputa tarifária com a Gol e queda na taxa de ocupação, conseqüência também dos problemas no controle de tráfego aéreo, a TAM registrou lucro de R$ 59,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 53,3% abaixo do obtido no mesmo período de 2006.
É nos vôos internacionais, favorecidos pelo dólar e pelo vácuo deixado pela Varig, que deixou de operar vários destinos em 2006, que a companhia foca: hoje tem 69,6% da demanda internacional entre as brasileiras, ante 37,6% no mesmo período do ano passado.


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