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Promotoria apura alerta dado por chefe do Demacro
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) tentam descobrir desde abril o motivo
de o delegado Elson Sayão,
chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária
da Macro SP), ter alertado
seu então subordinado Carlos José Ramos da Silva, o delegado Casé, sobre a apreensão de um lote de 200 carteiras de habilitação emitidas
em Ferraz de Vasconcelos.
Casé, preso ontem sob
acusação de participar do esquema de falsificação de
CNHs, chefiava a Polícia Civil na região de Ferraz.
O departamento chefiado
por Sayão cuida da corporação em 38 dos 39 municípios
que formam, ao lado da capital, a Grande São Paulo.
Sayão é ligado diretamente
ao delegado-geral da Polícia
Civil , Maurício José Lemos
Freire. Questionado pela Folha, Freire não quis falar sobre o aviso dado por Sayão.
O alerta foi dado em 22 de
abril, em uma das conversas
de Casé gravadas com autorização judicial. Somente sete
dias depois a Corregedoria
do Detran-SP foi à Ciretran
(Circunscrição Regional de
Trânsito) de Ferraz, mas, segundo a Promotoria, nada foi
feito contra o esquema.
Os grampos telefônicos da
Operação Carta Branca indicam que até os corregedores
teriam cobrado propina para
não agir. As conversas envolveram donos de auto-escolas
e um funcionário da Ciretran
de Ferraz.
Nas gravações, eles falam
em arrumar dinheiro vivo
(R$ 10 mil por auto-escola)
"porque a corregedoria veio
para fritar, mas que uma boa
conversa resolveria".
Um dos policiais que teve a
prisão temporária decretada
ontem é Elcio Kinjo de Aquino. Entre fevereiro e junho
deste ano, ele foi da Corregedoria do Detran-SP.
(AC)
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