São Paulo, domingo, 18 de julho de 2010

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"Engravidei na visita íntima, que dizem que não pode"

Cheguei há um ano e oito meses, quase parindo. Fiquei quatro meses com meu filho no hospital penitenciário.
Conforme o tempo passava, a dor ficava mais insuportável porque eu sabia que depois desse período eu teria de voltar e deixá-lo com o pai. Ainda bem que meu marido vem toda semana e traz o bebê a cada 15 dias.
É raro receber marido. As meninas dizem que ninguém tem esse privilégio. Tanto privilégio que engravidei de novo, na visita íntima, que dizem que não pode, mas todos tem. Foi planejado. Achei que daria tempo de ir embora, mas não deu.

Luciana (nome fictício), 25, presa por estelionato, pena de 5 anos e 4 meses


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