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Filha de ministro do TSE assassinado em 2009 é presa
Adriana Villela é suspeita de obstruir as investigações do homicídio do pai, da mãe e de uma empregada
Outras quatro pessoas foram presas ontem sob a mesma acusação; advogados de defesa não foram localizados
DE BRASÍLIA
A polícia prendeu ontem a
filha do ministro do Tribunal
Superior Eleitoral José Guilherme Villela, assassinado
com a mulher e a empregada
em agosto do ano passado
dentro do apartamento do
casal, em Brasília.
Adriana Villela e mais quatro pessoas, também presas
ontem, são suspeitas de obstruírem as investigações do
triplo homicídio. As vítimas
foram mortas a facadas.
Além de Adriana, a polícia
prendeu uma ex-empregada,
Guiomar Barbosa da Cunha,
a vidente Rosa Maria Jaques,
o marido dela, João de Oliveira, e o agente de polícia José
Augusto Alves, braço direito
da primeira delegada que investigou o caso.
Segundo o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), o principal elemento que embasou o
pedido de prisão foi uma prova que a polícia alega ter sido
"plantada" para incriminar
dois suspeitos do assassinato, depois inocentados.
Trata-se da chave do apartamento dos Villela, que teria
sido encontrada com os suspeitos e os ligaria aos crimes.
Perícia constatou, porém,
que a chave era a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal, ou seja,
não poderia ter sido levada
pelos criminosos após o triplo homicídio. Após a constatação, a delegada Martha
Vargas foi afastada do caso.
Agora, a polícia suspeita
que os presos agiam de forma
coordenada para atrapalhar
as investigações. Segundo
informações repassadas à
Justiça, a vidente foi à delegacia espontaneamente para
dizer que tinha a "missão" de
colaborar e deu o nome das
pessoas que estariam com a
chave do local do crime.
Tanto a vidente quanto o
marido dela foram acompanhados no depoimento por
um advogado que é irmão do
policial preso ontem
Apesar de a vidente ter dito não conhecer a filha do casal assassinado, a polícia
concluiu que Rosa Maria havia se encontrado com Adriana Villela. As investigações
indicam ainda que Adriana
tinha conflitos financeiros
com os pais, principalmente
com a mãe, conforme apontariam duas cartas apreendidas no escritório do casal.
A Folha procurou a defesa
de Adriana, mas até o fechamento da edição o advogado
Rodrigo de Alencastro não ligara de volta. A reportagem
não localizou os advogados
dos outros presos.
José Guilherme Villela defendeu o ex-presidente Fernando Collor no processo de
impeachment e advogou para personalidades políticas
nos tribunais superiores.
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