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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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PANORÂMICA

MORTE NOS JARDINS

Empresário diz que Carta estava "transtornado'; inquérito do caso terá sigilo
A delegada Elisabete Sato, do 78º DP (Cerqueira César), declarou ontem que o inquérito sobre a morte do jornalista Andrea Carta será conduzido em sigilo pela polícia.
A promotora Mariângela de Sousa Balduíno, que acompanha o caso, nega que o sigilo esteja relacionado à posição social dos envolvidos. "Há casos em que o assédio [da imprensa] dificulta o trabalho", afirmou.
Carta, editor da versão brasileira da revista "Vogue", caiu na madrugada de anteontem do apartamento do empresário Rogério Fasano, 41, no quinto andar de um prédio nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
A polícia afirma que, por enquanto, não é possível descartar nenhuma hipótese sobre o caso -queda acidental, suicídio ou homicídio.
Em entrevista ao "Jornal Nacional", Fasano disse que o amigo havia bebido muito e estava "transtornado" quando caiu.
Antes de ir ao apartamento, os dois jantaram no restaurante do hotel Fasano, de propriedade do empresário. "Nesses últimos tempos, quando o Andrea bebia, causava sempre um pouco de pânico. A gente evitava. Eu pedi que o barman não mais o servisse. Ele ficou indignado."
Para evitar constrangimentos, Fasano decidiu ir para casa. Quinze minutos após chegar, foi surpreendido pela presença de Carta. "Vi que ele não estava legal. Não ia deixar meu irmão na rua", disse o empresário, amigo de infância do jornalista.
Fasano afirmou que, como não conseguia acalmar Carta, decidiu sair do apartamento. Foi então que Carta se dirigiu à janela, pôs o corpo para fora e ficou pendurado no aparelho de ar condicionado. Fasano disse que ainda jogou um cobertor para tentar resgatá-lo, mas não conseguiu. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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