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Amiga visitada por americano está presa por roubo
DO "AGORA"
A amiga que o compositor
norte-americano Raymond James Mierrill, 56, considerado
desaparecido, veio visitar no
Brasil está presa por roubo desde junho. Segundo a polícia, na
casa da amiga brasileira, a esteticista Regina Filomena Krasovich Rachid, 41, foi encontrado
um cartão bancário de Mierrill,
utilizado para sacar US$ 50 mil
da conta dele.
Os dois, que se conheceram
pela internet, encontraram-se
em São José dos Campos (91
km de SP). O roubo pelo qual
ela foi presa, no entanto, não
teria relação com o desaparecimento do compositor.
Para a polícia, ela nega envolvimento com o sumiço do americano, que chegou em março
ao Brasil e deveria ter voltado
aos Estados Unidos em abril.
Assalto
Regina é acusada de assaltar
um doleiro em 2 de junho. A polícia diz que ela combinou uma
transação de câmbio envolvendo dólares e euros. No momento da troca, a esteticista anunciou o assalto, mas teria esquecido sua bolsa dentro do carro
da vítima.
Por meio de mandado de
busca e apreensão, verificou-se
que na casa dela, além do dinheiro roubado, havia um cartão do Citybank de Mierrill. Regina aguarda julgamento na
Cadeia Pública de Caçapava
(112 km de SP).
Agora, a polícia busca relação
entre números e horários de
chamadas feitas pelo celular de
Regina, que foi apreendido, e as
datas dos saques da conta do
compositor, que aconteceram
até 3 de maio.
A esteticista admite ter encontrado Mierrill pelo menos
duas vezes. Ela ainda diz que o
casal teria se desentendido em
maio e que o compositor afirmou que viajaria para Paraty
(RJ) em busca de outra amiga
(uma argentina) também conhecida através da internet.
Para a polícia, esta mulher negou haver combinado encontros com Mierrill.
Investigação
Além da Polícia Civil brasileira, o FBI (Polícia Federal americana) investiga o caso. Ambos
tentam confirmar a veracidade
de um e-mail enviado à irmã do
compositor, que vive nos EUA,
em que ele diz estar bem. O FBI
desconfia que a correspondência seja falsa, já que no texto há
expressões britânicas, pouco
usadas por Mierrill.
Em junho, representantes do
FBI, a polícia federal dos EUA,
estiveram no país para acompanhar as investigações. "É um
caso difícil por envolver uma
pessoa sem história no Brasil.
Não temos testemunhas. Ele só
conhecia duas mulheres no
país. As investigações continuam, mas a falta de contato
com a família nos leva a suspeitar que ele tenha sido vítima de
homicídio ou mesmo de latrocínio", disse a delegada Ana
Paula Medeiros, responsável
pelo caso.
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