São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2006

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Amiga visitada por americano está presa por roubo

DO "AGORA"

A amiga que o compositor norte-americano Raymond James Mierrill, 56, considerado desaparecido, veio visitar no Brasil está presa por roubo desde junho. Segundo a polícia, na casa da amiga brasileira, a esteticista Regina Filomena Krasovich Rachid, 41, foi encontrado um cartão bancário de Mierrill, utilizado para sacar US$ 50 mil da conta dele.
Os dois, que se conheceram pela internet, encontraram-se em São José dos Campos (91 km de SP). O roubo pelo qual ela foi presa, no entanto, não teria relação com o desaparecimento do compositor.
Para a polícia, ela nega envolvimento com o sumiço do americano, que chegou em março ao Brasil e deveria ter voltado aos Estados Unidos em abril.

Assalto
Regina é acusada de assaltar um doleiro em 2 de junho. A polícia diz que ela combinou uma transação de câmbio envolvendo dólares e euros. No momento da troca, a esteticista anunciou o assalto, mas teria esquecido sua bolsa dentro do carro da vítima.
Por meio de mandado de busca e apreensão, verificou-se que na casa dela, além do dinheiro roubado, havia um cartão do Citybank de Mierrill. Regina aguarda julgamento na Cadeia Pública de Caçapava (112 km de SP).
Agora, a polícia busca relação entre números e horários de chamadas feitas pelo celular de Regina, que foi apreendido, e as datas dos saques da conta do compositor, que aconteceram até 3 de maio.
A esteticista admite ter encontrado Mierrill pelo menos duas vezes. Ela ainda diz que o casal teria se desentendido em maio e que o compositor afirmou que viajaria para Paraty (RJ) em busca de outra amiga (uma argentina) também conhecida através da internet. Para a polícia, esta mulher negou haver combinado encontros com Mierrill.

Investigação
Além da Polícia Civil brasileira, o FBI (Polícia Federal americana) investiga o caso. Ambos tentam confirmar a veracidade de um e-mail enviado à irmã do compositor, que vive nos EUA, em que ele diz estar bem. O FBI desconfia que a correspondência seja falsa, já que no texto há expressões britânicas, pouco usadas por Mierrill.
Em junho, representantes do FBI, a polícia federal dos EUA, estiveram no país para acompanhar as investigações. "É um caso difícil por envolver uma pessoa sem história no Brasil. Não temos testemunhas. Ele só conhecia duas mulheres no país. As investigações continuam, mas a falta de contato com a família nos leva a suspeitar que ele tenha sido vítima de homicídio ou mesmo de latrocínio", disse a delegada Ana Paula Medeiros, responsável pelo caso.


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