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Corregedoria abriu 5.381 investigações e expulsou 161
DA SUCURSAL DO RIO
A Corregedoria da Polícia
Militar do Rio já instaurou neste ano mais de 5.000 procedimentos para investigar infrações cometidas por agentes do
Estado. A corporação informou
que 161 praças foram excluídos.
Não foi informada a punição
determinada a oficiais.
Até o dia 31 de julho, foram
5.381 apurações por parte da
corregedoria, que abrange averiguações, inquéritos policiais
militares e sindicâncias. As investigações renderam neste
ano 5.080 punições (as apurações, entretanto, podem ter iniciado em anos anteriores).
Para o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro,
José Mariano Beltrame, o baixo salário dos policiais não é
motivo para o envolvimento
com o tráfico. "Salário não
compra dignidade", afirmou.
"Infelizmente temos o envolvimento de servidores com o
crime, seja na Polícia Civil, seja
na Militar. Se nós quisermos
oferecer segurança pública à
sociedade, é imprescindível
que se faça esse tipo de trabalho", disse o secretário.
Ele afirmou que a Força Nacional de Segurança pode ser
acionada para reforçar o policiamento em Duque de Caxias.
Quase 10% do efetivo do 15º Batalhão da PM, responsável pela
patrulha no município, foi preso ontem pela Polícia Civil sob
acusação de envolvimento com
o tráfico. A unidade tem 617
PMs, informou o chefe do Estado-Maior da corporação, coronel Samuel Dionísio.
"Sem dúvida nenhuma [a prisão dos PMs] vai trazer problemas. Vamos fazer remanejamentos. É um problema que temos que resolver rapidamente", disse Beltrame. Até quarta,
deve estar decidido o reforço ao
policiamento na região.
Os sete policiais que ainda
não haviam sido presos até a
conclusão desta edição têm nove dias para se apresentar. Caso
não o façam, podem ser expulsos da corporação sob acusação
de deserção. Todos ficarão presos no Batalhão Especial Prisional, em Benfica.
Não é a primeira vez que o
15º BPM abriga policiais envolvidos com atividades criminosas. Dez policiais da unidade foram acusados de decapitar um homem e lançar o crânio da vítima para dentro do quartel.
O crime teria sido uma represália ao comando do batalhão
que apurava a participação de
policiais da unidade na chacina
da Baixada, que matou 30 pessoas em 2005.
(ITALO NOGUEIRA)
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