São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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Deputado que apóia fumódromo recebeu doação da indústria

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre as emendas apresentadas para reduzir as restrições previstas no projeto antifumo está a proposta do deputado Bruno Covas (PSDB), que teve parte de sua campanha financiada por empresa de tabaco.
Ele, que recebeu em 2006 R$ 22,5 mil da indústria Sudamax, de Cajamar (Grande São Paulo), propõe a manutenção dos fumódromos -cuja extinção é a espinha dorsal das mudanças pretendidas pelo seu colega de partido, o governador Serra. Sua arrecadação total na época foi de R$ 704, 8 mil.
Herdeiro político e neto do governador Mário Covas (1930-2001), o deputado nega atender interesse do setor e diz não ter mais contato com os donos da Sudamax. "Eu duvido que quem fuma vai deixar de fumar por causa desse projeto. As empresas não vão perder com isso."
Na Assembléia, a discussão também terá a participação do deputado Chico Sardelli (PV). Ele recebeu R$ 25 mil -dos R$ 232 mil captados- da mesma Sudamax, que está com atividades suspensas desde 2006. Ele não apresentou emenda.
Na lista dos políticos eleitos que receberam doações da indústria do fumo está ainda o ex-presidente da Assembléia Rodrigo Garcia (DEM). O democrata, que licenciou-se para assumir a Secretaria da Desburocratização da administração Gilberto Kassab (DEM), recebeu R$ 5.000 da Itaba, sediada em Jandira (SP).
Os responsáveis pela Sudamax não responderam aos recados. (RICARDO SANGIOVANNI e ROGÉRIO PAGNAN)


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