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Outro lado
Prefeituras negam problemas em fila para realizar cirurgia de esterilização
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo diz
que a espera por uma laqueadura na cidade, ao contrário do
que mostrou a pesquisa do Cebrap, não passa de seis meses.
A rede municipal realiza em
média 520 laqueaduras por
mês. Pelos cálculos da prefeitura, perto de 1.150 mulheres esperam hoje por essa cirurgia.
O responsável pelos temas de
saúde da mulher da Secretaria
Municipal da Saúde, Júlio Mayer de Castro Filho, diz que a
prioridade são os métodos contraceptivos reversíveis.
"Temos um vício cultural de
que só há pílula e laqueadura. É
complicado para um profissional concordar que uma pessoa
de 18 anos e com dois filhos faça
laqueadura. Tentamos desencorajar a laqueadura precoce,
porque o índice de arrependimento gira em torno de 30%."
Segundo ele, os postos de
saúde oferecem oito métodos
reversíveis -a pílula comum, a
do dia seguinte e a injetável, a
minipílula, o DIU, o diafragma,
o preservativo masculino e o feminino. "Mas, se a mulher quiser a laqueadura, a lei assegura
o direito."
A Prefeitura de Recife admite
que a fila pela laqueadura já esteve "quilométrica". Segundo a
responsável pelos temas de
saúde da mulher da Secretaria
Municipal da Saúde, Benita
Spinelli, só a rede estadual oferecia o procedimento.
A situação, segundo ela, começou a mudar em 2004,
quando a rede municipal passou a realizar a laqueadura. No
ano passado, foram feitas 300
cirurgias. Spinelli não soube informar o tamanho da fila hoje.
"O que ainda ocorre é a mulher faltar a uma consulta, não
pegar o exame no dia marcado... No geral, elas conseguem a
cirurgia após três meses."
(RW)
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