São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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CRISE NA SAÚDE

Médicos de PE encerram greve após 2 meses

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Os médicos da rede estadual de Pernambuco decidiram encerrar o movimento demissionário por melhores salários, iniciado há dois meses, e voltaram ontem ao trabalho. Servidores do setor, contudo, mantêm indicativo de greve para a próxima segunda-feira.
Em assembléia na noite de anteontem, os médicos aceitaram a nova proposta de reajuste apresentada pelo governo, que prevê três aumentos salariais até 2010 -o primeiro a partir deste mês.
Com 26 cláusulas, o acordo prevê, para plantonistas, aumento imediato de R$ 2.900 para R$ 3.800. Eles receberão R$ 4.100 em 2009 e R$ 5.000 no ano seguinte, valores reivindicados pela classe.
Além de conceder aumento, o governo se comprometeu a desconsiderar os 400 pedidos de exoneração de médicos, a melhorar condições de trabalho e atendimento nos hospitais e a realizar concurso para contratação de novos médicos.
"Consideramos que houve avanços", disse o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Antonio Jordão Neto. Com o retorno dos médicos, as principais emergências públicas voltaram a funcionar ontem. No Hospital da Restauração, em Recife, houve superlotação e os pacientes foram atendidos nos corredores.
No hospital de campanha da Aeronáutica, montado na divisa de Recife e Jaboatão dos Guararapes, o atendimento foi mantido. Não há previsão de encerramento dos serviços. Em 18 dias, cerca de 4.200 pessoas receberam tratamento no local.
O movimento deve aumentar a partir de segunda, com o início da greve dos servidores. A categoria, formada por 23,5 mil enfermeiros, técnicos, laboratoristas e auxiliares, se opõe à criação, pelo Estado, de uma fundação de direito privado para gerir os hospitais públicos estaduais. O governo diz que manterá o projeto.


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