São Paulo, sexta, 18 de setembro de 1998

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'Falta controle', diz morador

da Agência Folha, em Pitanga

Moradores das áreas em que passam as torres de transmissão de Furnas entre os municípios de Manoel Ribas, Pitanga e Nova Tebas afirmam não terem sido consultados por agentes da PF.
Segundo Irene Herrdt, 38, moradora do distrito rural de Vila Nova (que fica a dois quilômetros do local onde foi encontrada a terceira bomba), "existe dificuldade em impedir o acesso de estranhos às propriedades".
Herrdt disse que, "como o povo é simples, pode até ajudar uma pessoa a colocar uma bomba dessa, pois estão sempre ajudando ao pessoal das Furnas".
Ela é proprietária da principal casa comercial do distrito e tem um telefone público instalado em frente ao seu comércio.
Os irmãos Reni, 35, e Tito Warmeling, 43, proprietários de cinco áreas com torres de Furnas, afirmam que "qualquer estranho é confundido com trabalhadores de Furnas. E como eles contratam empreiteiras, pessoas estranhas é o que não falta".
Tito Warmeling afirmou que a Polícia Federal deveria instruir os produtores sobre como proceder com a presença de desconhecidos nas propriedades.
Jaime Luchtemberg, 39, proprietário de 30,5 hectares a cinco quilômetros do local da explosão em Nova Tebas, disse que três linhas de transmissão de Furnas passam sobre sua propriedade.
"Acho estranho que ninguém que eu conheça tenha encontrado algum policial federal na área. Assim vai ser difícil encontrar outras bombas, se elas existirem", afirmou. (JM)



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