São Paulo, sexta, 18 de setembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bomba poderia ser desativada antes

JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Pitanga

O agricultor Joel Roecker, 21, estava arando a terra para o plantio da safra de milho 15 dias atrás, próximo à torre de transmissão do sistema de Furnas, quando percebeu "algo estranho" na base da torre que fica em sua propriedade.
Segundo ele, a confirmação que o artefato na torre era uma bomba poderia ter ocorrido acontecido antes, "se alguém da Polícia Federal tivesse aparecido no sítio".
Ele, o irmão Hélio, 19, e o pai Adelino Roecker, 53, cultivam milho, feijão e soja na propriedade de 35 hectares. Joel falou ontem à Agência Folha antes de ser proibido de dar entrevistas pela PF.

Agência Folha - Como você descobriu que existia uma bomba na torre?
Roecker -
Na verdade, o negócio estava lá desde o início do mês, há uns 15 dias pelo menos. Na época eu comentei com meu pai que tinha alguma coisa estranha na torre. Mas que era uma bomba a gente só desconfiou na terça-feira, vendo as notícias na TV.
Agência Folha - Dá para descrever o que era estranho?
Roecker -
A terra estava remexida e tinha uns fios plásticos (os cordéis detonantes) aparecendo. Mas eu não dei importância. Agência Folha - Vocês avisaram então a PF?
Roecker -
Não. Na quarta-feira meu pai foi ver e decidiu ir até Manoel Ribas avisar a Copel (companhia de energia do PR). Foram eles que avisaram a polícia.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.