|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bomba poderia ser desativada antes
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Pitanga
O agricultor Joel Roecker, 21, estava arando a terra para o plantio
da safra de milho 15 dias atrás,
próximo à torre de transmissão do
sistema de Furnas, quando percebeu "algo estranho" na base da
torre que fica em sua propriedade.
Segundo ele, a confirmação que
o artefato na torre era uma bomba
poderia ter ocorrido acontecido
antes, "se alguém da Polícia Federal tivesse aparecido no sítio".
Ele, o irmão Hélio, 19, e o pai
Adelino Roecker, 53, cultivam milho, feijão e soja na propriedade de
35 hectares. Joel falou ontem à
Agência Folha antes de ser proibido de dar entrevistas pela PF.
Agência Folha - Como você descobriu que existia uma bomba na
torre?
Roecker - Na verdade, o negócio estava lá desde o início do mês,
há uns 15 dias pelo menos. Na época eu comentei com meu pai que
tinha alguma coisa estranha na
torre. Mas que era uma bomba a
gente só desconfiou na terça-feira,
vendo as notícias na TV.
Agência Folha - Dá para descrever o que era estranho?
Roecker - A terra estava remexida e tinha uns fios plásticos (os
cordéis detonantes) aparecendo.
Mas eu não dei importância.
Agência Folha - Vocês avisaram
então a PF?
Roecker - Não. Na quarta-feira
meu pai foi ver e decidiu ir até Manoel Ribas avisar a Copel (companhia de energia do PR). Foram eles
que avisaram a polícia.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|