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Estudiosos acharam
crânios e esqueleto
especial da a Folha
Os arqueólogos Erika Gonzales
e Paulo Zanettini, responsáveis
pelos estudos do sítio arqueológico, recolheram dois crânios e um
esqueleto quase completo de soldados federalistas mortos em
combate. As pesquisas deste material estão sendo realizadas na
USP (Universidade de São Paulo)
e ficarão prontas em novembro.
As ossadas vão ser submetidas a
exames de raio X e tomografia. A
idéia é conseguir estimar a idade
dos combatentes, suas possíveis
doenças e o tipo de alimentação
consumida pelos soldados. Depois, os ossos serão devolvidos à
Canudos, onde ficarão expostos.
Antes mesmo de concluídas, as
pesquisas já derrubam alguns mitos sobre a história de Canudos.
Segundo Zanettini, alguns historiadores acreditavam que as igrejas já haviam construídas para um
conflito bélico.
"Os historiadores diziam que as
paredes tinham de 80 cm a 2 m de
espessura. Serviriam como bunkers para resistir aos ataques da
artilharia. Isso não é verdade. Antônio Conselheiro seguiu o mesmo padrão da época, ou seja, fez
paredes com 60 cm de largura."
As pesquisas já consumiram R$
60 mil, financiados pelo governo
baiano.
(VA)
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