São Paulo, Segunda-feira, 18 de Outubro de 1999
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Estudiosos acharam crânios e esqueleto

especial da a Folha

Os arqueólogos Erika Gonzales e Paulo Zanettini, responsáveis pelos estudos do sítio arqueológico, recolheram dois crânios e um esqueleto quase completo de soldados federalistas mortos em combate. As pesquisas deste material estão sendo realizadas na USP (Universidade de São Paulo) e ficarão prontas em novembro.
As ossadas vão ser submetidas a exames de raio X e tomografia. A idéia é conseguir estimar a idade dos combatentes, suas possíveis doenças e o tipo de alimentação consumida pelos soldados. Depois, os ossos serão devolvidos à Canudos, onde ficarão expostos.
Antes mesmo de concluídas, as pesquisas já derrubam alguns mitos sobre a história de Canudos. Segundo Zanettini, alguns historiadores acreditavam que as igrejas já haviam construídas para um conflito bélico.
"Os historiadores diziam que as paredes tinham de 80 cm a 2 m de espessura. Serviriam como bunkers para resistir aos ataques da artilharia. Isso não é verdade. Antônio Conselheiro seguiu o mesmo padrão da época, ou seja, fez paredes com 60 cm de largura."
As pesquisas já consumiram R$ 60 mil, financiados pelo governo baiano. (VA)

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