|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Polícia abriu inquérito para investigar donos de animais; em Taubaté, um rotweiller mordeu um menino de cinco anos
Ataque de cães mata 2 no interior paulista
KATIUCIA MAGALHÃES
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Quatro cães da raça fila atacaram e mataram dois homens, ontem, no sítio Santa Rita de Cássia,
em Santo Antônio da Alegria (359
km ao norte de São Paulo).
O caseiro do sítio, Reginaldo
Mateus de Souza, 30, encontrou
os corpos e avisou a polícia. Foi o
quinto caso de ataque de cães nos
últimos cinco dias no Estado.
A primeira vítima, o agricultor
Hélio Nicodemo Oliveira, 55, que
morava em um sítio vizinho, teria
sido atacada por volta das 7h.
Duas horas depois, os cães, que
têm de quatro a seis anos, também atacaram o pedreiro José
Carlos Castrequini, 51.
Segundo a polícia, Oliveira teve
um pedaço do couro cabeludo arrancado, perdeu parte da roupa,
os chinelos, a dentadura e o relógio. Para fugir, ele se jogou em
uma represa que fica perto da estrada onde foi atacado.
O corpo de Castrequini, com
mordidas profundas no pescoço e
na cabeça, foi achado no sítio Ernandes, vizinho à propriedade
onde ficavam os cachorros.
Antônio Castrequini, 54, irmão
da vítima, disse que o pedreiro
havia saído pra entregar um orçamento de reforma de uma casa.
O caseiro Souza disse que os
cães eram mansos e que até ontem não tinham atacado ninguém. "Eles vieram para o sítio há
uns seis meses e nunca atacaram
ninguém. Crianças brincam, os
moradores passam e eles não fazem nada", disse Souza.
Apesar das mortes, os cachorros não foram recolhidos. A Folha observou que dois estavam
presos em um galpão, mas os outros permaneciam soltos no sítio.
O delegado Tristão Antônio
Carvalho, de Santo Antonio da
Alegria, disse que vai indiciar o
proprietário do sítio, José Edvaldo Santos Rosa, o caseiro e o administrador José Antônio Santa
Rosa, 62, por homicídio culposo
(sem intenção de matar).
Taubaté
Sandro Oliveira, 5, foi mordido
na barriga por um cachorro da raça rotweiller anteontem, em Taubaté (100 km de SP). Segundo a
polícia, o animal estava preso na
coleira quando a criança se aproximou para acariciá-lo. O ataque
ocorreu na mesma semana em
que a Câmara da cidade derrubou, por 16 votos a 3, o veto do
prefeito José Bernardo Ortiz
(PSDB), a uma lei que obriga os
donos de cães de determinadas
raças, entre elas o rotweiller, a colocar focinheira no animal quando estiverem em local público.
O menino foi atendido no pronto-socorro e liberado.
Colaborou MAURÍCIO EIRÓS, das Regionais
Texto Anterior: Ambiente: Rodoanel terá de ter licença do Ibama Próximo Texto: Panorâmica - Polêmica: Escola barra aluno com corte de cabelo inspirado no jogador Vampeta Índice
|