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INSS decide
silenciar em
período eleitoral
DA REPORTAGEM LOCAL
O INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) informou
que não iria dar entrevistas
nem informações sobre as investigações feitas pelo órgão de
um esquema de fraudes, com a
utilização de "laranjas", praticado por empresas de ônibus
no Estado de São Paulo, incluindo a viação Tabu.
Segundo a assessoria de imprensa do INSS em Brasília, Jefferson Carús Guedes, procurador-chefe do instituto, disse ser
"contrário à divulgação de informações neste momento",
por conta do período eleitoral.
A Folha só conseguiu informações sobre a investigação e
as acusações do INSS contra as
viações depois de consultar as
ações judiciais do órgão.
A assessoria de imprensa do
INSS não explicou os motivos
da posição de Guedes de não
querer falar sobre esse caso às
vésperas do segundo turno das
eleições. A resposta oficial do
instituto foi dada dias depois
de a assessoria ter informado
que se manifestaria.
O INSS solicitou que as perguntas da reportagem fossem
encaminhadas por e-mail, o
que foi feito. Por alguns dias,
chegou a dizer que as respostas
seriam encaminhadas. No final, o INSS declarou que não
iria falar sobre o caso.
No ano passado, o INSS adotava uma posição diferente e
chegou a divulgar um levantamento sobre as maiores devedoras no setor de transporte
coletivo em São Paulo.
O grupo controlado pela família do empresário José Ruas
Vaz era apontado como líder
disparado no ranking das empresas que estavam em atividade na época. A dívida do grupo
chegava a R$ 759,2 milhões,
65% dos débitos entre as viações em operação.
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