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PERNAMBUCO
Objetivo é apurar causas de queda de edifício; moradores negam ter evacuado prédio por alerta de governo
Inquérito policial investigará desabamento
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Polícia Civil de Pernambuco
vai abrir inquérito hoje para apurar as causas do desabamento do
edifício Areia Branca, de 12 andares, ocorrido quinta-feira à noite
em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife.
As investigações serão comandadas pelo delegado de proteção
ao consumidor, José Durval Lins,
e acompanhadas por um perito
do Crea (Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de Pernambuco.
Serão convocados a depor representantes da Jatobeton, empresa contratada para avaliar a estrutura do edifício, moradores,
bombeiros e a Defesa Civil.
Em nota divulgada ontem, os
moradores reafirmaram que a decisão de evacuar o prédio horas
antes do desabamento foi exclusiva deles. Com isso, contrariaram
declarações da Jatobeton e do governo estadual, que afirmam ter
feito o alerta de risco de desabamento.
Na nota, os moradores informam ainda que uma eventual
ação de reparação de danos só será decidida após a conclusão da
perícia e emissão do laudo oficial.
Eles dizem também que nunca
houve indícios anteriores de problemas na estrutura do prédio e
que "todas as manutenções rotineiras exigidas" foram feitas.
Estalos
As causas do acidente ainda são
desconhecidas. O edifício Areia
Branca, de classe média alta, ruiu
sobre sua base às 20h30 de quinta-feira. Os moradores saíram do
prédio às 2h do mesmo dia, após
ouvirem uma série de estalos.
No acidente, quatro pessoas foram soterradas. Até ontem, apenas o corpo do porteiro Antonio
Félix dos Santos, 38, havia sido
encontrado. Continuavam desaparecidos dois operários da Jatobeton e um bombeiro que trabalhava como segurança no local.
As famílias das vítimas reclamam da demora na retirada do
entulho. Os bombeiros alegam
que é preciso cautela, porque
grandes blocos de concreto estão
escorados nas colunas laterais de
um prédio vizinho, que também
corre o risco de desabar. O trabalho pode levar dez dias.
Ontem à tarde, os bombeiros
interditaram um prédio de quatro
andares e 36 apartamentos, que
tinha rachaduras, em Olinda (região metropolitana de Recife).
Brasília
O bloco "A" do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) foi interditado e não
haverá expediente hoje no prédio.
A decisão foi tomada pelo desembargador Jerônymo de Souza,
presidente do órgão. Na última
sexta-feira, surgiram problemas
estruturais no 10º andar, o último
andar do prédio.
A Defesa Civil foi chamada e determinou a interdição do local. O
desembargador decidiu interditar
todo o prédio por razões de segurança. O problema, no entanto,
segundo a empresa de engenharia
WRJ, contratada pelo TJDFT, estaria concentrado no 10º andar.
O presidente do TJDFT informou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há risco de desabamento. O laudo da
empresa de engenharia deverá ficar pronto hoje e o prédio deverá
ser liberado amanhã.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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