São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Revitalização e metrô atraem construtoras ao largo da Batata

Apesar da degradação, setor vê grande potencial na área

DA REPORTAGEM LOCAL

Encravada entre a praça Panamericana e o parque Villa-Lobos, de um lado, e os shoppings Eldorado e Iguatemi e o clube Pinheiros, do outro, a região do largo da Batata só não era mais valorizada por causa da degradação.
A explicação é do presidente do Secovi (sindicato da habitação), João Crestana, que vê um grande potencial de crescimento na área, agora que a revitalização está em andamento e a linha 4-amarela do metrô já está em fase final de obras. Ele lembra também a promessa do governo de melhorar a linha 9-esmeralda da CPTM.
Aliás, a melhoria urbana que a região está recebendo só ocorre pela chegada do metrô. A decisão da prefeitura, ainda em 2001, de fazer a revitalização da área foi tomada após o metrô anunciar que construiria a linha 4-amarela, a ser inaugurada em 2010.
Com metrô que liga ao centro e uma linha de trem que leva a Santo Amaro e à região da Berrini, a área passa a ser uma das mais bem servidas pelo transporte público na cidade.
"Todas as áreas próximas de bairros tradicionais ficam valorizadas. Aquela região tem uma localização nobre, que estava um pouco esquecida por causa do largo da Batata, que estava degradado. E ainda tem o metrô. Qualquer empresa que tenha recursos investiria naquela região", diz Crestana.
Ele compara aquela área com a Pompeia, por exemplo, que se valorizou com a saturação de Perdizes. E afirma que, na zona leste, o mesmo deve ocorrer com o Belenzinho, vizinho do Tatuapé, também já próximo da saturação.
O próprio Crestana diz que procurou áreas para comprar na região do largo da Batata, para que sua empresa fizesse investimentos imobiliários, mas não fechou nenhum negócio.
"Ali vai ser um lugar para a classe média. Não acho que é coisa para milionário. Vai ser um Pinheiros mais moderno, voltado para a população mais jovem, de classe média", diz.
Ele prevê que serão construídas na área torres de apartamentos a partir de 60 m2 e prédios comerciais.
A Folha apurou que entre as empresas interessadas em investir na área estão a Gafisa e a Cyrela, duas das maiores incorporadoras imobiliárias do país. Proprietários de imóveis na região confirmaram ter sido procurados por essas e outras construtoras para fazer negociações.
Na maioria dos casos, há resistência dos atuais proprietários, mas alguns negócios já foram fechados.
Nenhuma das construtoras quis comentar o assunto. Por serem de capital aberto (negociam ações na Bolsa de Valores), as empresas não podem dar declarações públicas sobre negócios em andamento.
(EVANDRO SPINELLI)


Texto Anterior: Mercado negocia 9 quarteirões em Pinheiros
Próximo Texto: Danuza Leão: Só às vezes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.