|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Revitalização e metrô atraem construtoras ao largo da Batata
Apesar da degradação, setor vê grande potencial na área
DA REPORTAGEM LOCAL
Encravada entre a praça Panamericana e o parque Villa-Lobos, de um lado, e os shoppings Eldorado e Iguatemi e o
clube Pinheiros, do outro, a região do largo da Batata só não
era mais valorizada por causa
da degradação.
A explicação é do presidente
do Secovi (sindicato da habitação), João Crestana, que vê um
grande potencial de crescimento na área, agora que a revitalização está em andamento e a linha 4-amarela do metrô já está
em fase final de obras. Ele lembra também a promessa do governo de melhorar a linha 9-esmeralda da CPTM.
Aliás, a melhoria urbana que
a região está recebendo só
ocorre pela chegada do metrô.
A decisão da prefeitura, ainda
em 2001, de fazer a revitalização da área foi tomada após o
metrô anunciar que construiria
a linha 4-amarela, a ser inaugurada em 2010.
Com metrô que liga ao centro
e uma linha de trem que leva a
Santo Amaro e à região da Berrini, a área passa a ser uma das
mais bem servidas pelo transporte público na cidade.
"Todas as áreas próximas de
bairros tradicionais ficam valorizadas. Aquela região tem uma
localização nobre, que estava
um pouco esquecida por causa
do largo da Batata, que estava
degradado. E ainda tem o metrô. Qualquer empresa que tenha recursos investiria naquela
região", diz Crestana.
Ele compara aquela área com
a Pompeia, por exemplo, que se
valorizou com a saturação de
Perdizes. E afirma que, na zona
leste, o mesmo deve ocorrer
com o Belenzinho, vizinho do
Tatuapé, também já próximo
da saturação.
O próprio Crestana diz que
procurou áreas para comprar
na região do largo da Batata, para que sua empresa fizesse investimentos imobiliários, mas
não fechou nenhum negócio.
"Ali vai ser um lugar para a
classe média. Não acho que é
coisa para milionário. Vai ser
um Pinheiros mais moderno,
voltado para a população mais
jovem, de classe média", diz.
Ele prevê que serão construídas na área torres de apartamentos a partir de 60 m2 e prédios comerciais.
A Folha apurou que entre as
empresas interessadas em investir na área estão a Gafisa e a
Cyrela, duas das maiores incorporadoras imobiliárias do país.
Proprietários de imóveis na região confirmaram ter sido procurados por essas e outras
construtoras para fazer negociações.
Na maioria dos casos, há resistência dos atuais proprietários, mas alguns negócios já foram fechados.
Nenhuma das construtoras
quis comentar o assunto. Por
serem de capital aberto (negociam ações na Bolsa de Valores), as empresas não podem
dar declarações públicas sobre
negócios em andamento.
(EVANDRO SPINELLI)
Texto Anterior: Mercado negocia 9 quarteirões em Pinheiros Próximo Texto: Danuza Leão: Só às vezes Índice
|