São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Tiros foram ouvidos na fila do cinema e restaurantes

Fuga de trio que roubou loja no Center Norte provocou corre-corre

Pai diz que filha ficou assustada e afirma que vai repensar suas idas a shoppings; "sensação é de insegurança", diz ele
Alessandro Shinoda/Folhapress
Vitrine destruída da joalheria Pubijou no Shopping Center Norte

DE SÃO PAULO
DO "AGORA"

A fuga dos bandidos que assaltaram uma loja de bijuterias no Center Norte provocou correria entre as pessoas que estavam na praça de alimentação e na fila das cinco salas de cinema do shopping -uma delas exibia o filme "Tropa de Elite 2" bem no momento do assalto.
"As pessoas correram em direção às salas, assustadas", disse um atendente.
Além do corre-corre, quem estava na praça de alimentação ouviu os tiros, sem entender direito o que acontecia. "Dá muito medo. Estava com a minha filha de seis anos na praça de alimentação. Ela ficou assustada", disse Irineu Avanço Jr, 42, analista de sistema. Ele admite repensar ainda mais suas idas ao shopping.
"Não gosto muito de shopping, mas acabei vindo para levá-la ao cinema. É uma sensação de insegurança."
"Houve corre-corre. Barulho de helicóptero. Preferi ficar onde estava e proteger a minha filha", disse ele, em frente a loja que havia sido assaltada, a Pubijou. "Vim explicar para ela [a filha estava ao lado] o que havia ocorrido", justificou.

INSEGURANÇA
Um desfile de roupas infantis marcado para as 14h ao lado do local assaltado também foi cancelado por causa do tumulto.
O desfile das 16h, marcado para a mesma área, ocorreu normalmente. Muitos pais, no entanto, admitiam ainda estar apreensivos.
"Isso tudo mostra a insegurança do nosso país", afirmou o empresário Fábio Fishman, 42, que levou seu filho ao shopping para participar do desfile.
Vendedora de uma loja de calçados, Alessandra Rodrigues, 30, diz que ficou assustada. "Estava com outras sete pessoas no estoque. Vimos a correria e ouvimos os tiros. Não temos mais segurança em lugar nenhum."

VIGIA BALEADO
Baleado durante o assalto, Hilário Dias de Souza, 33, trabalha como segurança há dez anos. Ontem, o vigia trabalhava desarmado.
Até a conclusão desta edição, ele passava por cirurgia para a retirada da bala que atingiu sua barriga.
(EDUARDO GERAQUE e WILLIAM CARDOSO)

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