São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BEBÊ SEQUESTRADO

Rapaz diz que pretende ficar com a mãe adotiva mesmo se for provado que ela foi a sua sequestradora

Polícia vai ouvir envolvidos no caso Pedrinho

FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

A Polícia Civil do Distrito Federal vai enviar nesta semana uma equipe para ouvir os envolvidos no caso Pedrinho em Goiânia. A investigação visa descobrir quem sequestrou em um hospital de Brasília, há quase 17 anos, o recém-nascido Pedro Braule Pinto.
Pedrinho, encontrado neste mês, afirmou anteontem que pretende ficar com a mãe adotiva, Vilma Martins Costa, 47, mesmo se for provado que ela é a sua sequestradora. "Ela sabe que eu estaria do lado dela. Não tem por que ela mentir para mim. Nossa relação nunca foi de mentira. Ela é inocente", disse à TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Hertz Andrade, Vilma teria confessado o crime em uma conversa. Ela nega.
Na sexta, Vilma disse que Pedrinho, registrado como Osvaldo Borges Jr., foi entregue a seu marido, Osvaldo Borges, morto no mês passado, por uma gari.
Amanhã, Andrade planeja ouvir o depoimento de Vilma em Goiânia. A intimação deve ser feita hoje, e o inquérito deve ficar pronto até o fim desta semana.
Na entrevista à TV Anhanguera, Pedrinho criticou a polícia. "A investigação está sendo malconduzida. Ainda não foi provado nada. Isso quem determina é o juiz. Toda pessoa é inocente até que se prove o contrário", disse.
O pai biológico de Pedrinho, Jayro Tapajós Braule Pinto, disse que Vilma é quem deve dar explicações. "Meu filho não tem que estar sendo exposto", afirmou.


Texto Anterior: Violência: Homem é morto ao deixar casa de forró em SP
Próximo Texto: Administração: Marta vê reforma Prefeita dá sinais de "trégua" com o TCM
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.