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Prefeitura
reduz ritmo
de quitações
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira quinzena de novembro, a prefeitura reduziu o
total de recursos para obras e
instalações a um décimo do registrado no mês passado. Segundo dados do Sistema de
Execução Orçamentária (SEO),
a prefeitura só liquidou -reconheceu débitos- R$ 5,8 milhões desde a derrota de Marta
Suplicy (PT) à reeleição. Nos
primeiros 17 dias de outubro,
autorizou o pagamento de R$
62,073 milhões. Em setembro,
de R$ 115,6 milhões.
A liquidação é o reconhecimento da realização da obra.
Sem ele, a empresa não tem como cobrar da prefeitura por
seus serviços. A queda desse
número aponta para duas hipóteses: ou a prefeitura parou,
ou reduziu o ritmo de emissão
de faturas para não reconhecer
oficialmente que autorizou
mais despesas do que tinha capacidade de pagar. Nesse caso,
descumpriria a LRF. O SindusCon trabalha com as duas opções.
A maior parte dos R$ 5,8 milhões autorizados -dos quais
R$ 2,3 milhões para o hospital
Cidade Tiradentes- é referente a obras executadas ainda no
mês de agosto.
Os números retratam uma
contenção de novos gastos, na
tentativa de pagamento dos
atrasados. Tanto que outubro e
novembro são os únicos meses
do ano em que a prefeitura desembolsou mais dinheiro do
que liquidou.
No início do mês, a diferença
entre os gastos autorizados e
pagos era de R$ 488 milhões.
Ontem, era de R$ 409 milhões.
O sindicato das construtoras
ameaça brigar na Justiça se esse
saldo for produto de maquiagem orçamentária.
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