|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENSINO PRIMÁRIO
Garoto foi visto ao sair da escola, diz vice-prefeito de Nova Odessa; mãe diz que menino foi deixado atrás da porta
Professora nega ter deixado aluno de castigo
TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM NOVA ODESSA
Depois da versão da mãe e do
registro de ocorrência na polícia,
a professora de um garoto de sete
anos negou que o tenha colocado
de castigo atrás de uma porta da
sala de aula, em Nova Odessa (126
km a noroeste de São Paulo).
A punição teria acontecido porque a criança esqueceu de devolver um livro para a biblioteca, na
sexta. O menino, segundo a mãe,
passou mais de quatro horas no
local e só foi encontrado às 19h20.
As declarações da educadora,
que não teve o nome revelado, foram transmitidas pelo vice-prefeito, Luciano Domiciano. Segundo ele, a professora viu o aluno
sair da escola municipal de educação fundamental Saline Abdo
com os demais alunos às 17h55.
As aulas terminam às 18h.
No boletim de ocorrência registrado pela mãe do menino depois
de encontrá-lo atrás da porta, o
garoto relata que a professora
passou por ele, ao ir embora, e
disse que permanecesse no lugar,
que ela o buscaria mais tarde.
A prefeitura confirmou ontem o
afastamento da professora por 30
dias até que a sindicância instaurada conclua as investigações.
Ainda de acordo com a versão
da professora transmitida por
Domiciano, o erro dela foi não ter
retornado para confirmar se algum dos seus 30 alunos não teria
ficado para trás antes de fechar a
sala de aula e apagar as luzes.
A prefeitura informou que ela
tem mais de seis anos de experiência e nunca foi alvo de queixas. Ela continuará recebendo o
salário pelo tempo de afastamento. Se for apurado que castigou o
aluno, a professora deverá ser
exonerada.
Na sexta, depois do recreio, por
volta das 15h, a criança teria sido
colocada de castigo. O garoto teria
sido localizado pela mãe, que só
entrou na escola porque uma cunhada dela é zeladora do prédio e
abriu o portão. As duas encontraram o garoto ainda atrás da porta,
sentado no chão e abraçando as
pernas dobradas.
"O garoto realmente foi encontrado atrás da porta, quando entramos na sala. Ele havia passado
mal e vomitado", disse a zeladora
da escola, Claudete Souza, ontem
para a Agência Folha.
A zeladora afirmou que ela e a
cunhada levaram o menino a um
posto médico, onde recebeu um
calmante. Depois, foram registrar
boletim de ocorrência. No caminho, encontraram o coordenador
de educação da prefeitura, Assis
das Neves Grilo, que as acompanhou até a polícia.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Biblioteca virtual: Portal gratuito do MEC com livros é tirado do ar por excesso de usuários Índice
|