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OUTRO LADO
Secretaria diz ter aberto vagas e promete mais penitenciárias
DA SUCURSAL DO RIO
A Secretaria de Defesa Social de
Minas afirma ter ampliado o sistema penitenciário neste ano, o
que fez cair para 4.700 o déficit de
vagas para presos que cumprem
pena em unidades da Polícia Civil.
A pasta diz que abrirá novas
3.540 vagas até março de 2006.
Até lá, segundo a secretaria, cinco
novas penitenciárias estarão em
funcionamento e centros provisórios serão ampliados.
Questionada sobre esse número, a secretaria não soube precisar
se 4.700 é a quantidade exata de
condenados em delegacias.
Isto porque houve transferências de detentos entre unidades da
secretaria e da Polícia Civil. Além
disso, muitos presos já condenados permanecem em delegacias
porque aguardam julgamento em
outros processos.
Segundo a pasta, só neste ano
foram designados para penitenciárias mais de R$ 172 milhões,
sendo R$ 100 milhões quase que
somente para abrir vagas.
A secretaria diz ainda que nunca um governo investiu tanto no
sistema penitenciário como o
atual. A Folha tentou ouvir o chefe da Polícia Civil, Otto Ferreira
Filho, mas ele não atendeu.
Interior
A situação nas carceragens da
Polícia Civil no interior do Estado
também é caótica. Em Juiz de Fora, por exemplo, o Ceresp (Centro
de Remanejamento de Presos)
mantém 720 detentos em um espaço para 240. A superlotação foi
denunciada recentemente pela
vereadora Nair Guedes (PC do B)
Em Governador Valadares, a
superlotação da carceragem tem
feito com que policiais civis e militares sejam deslocados das ruas
para guardar as cadeias. A delegacia tem 358 presos em 240 vagas.
Em setembro, houve rebelião na
cadeia de Alfenas. Os presos quebraram grades e a parte hidráulica, queimaram colchões, arrancaram a fiação e entupiram os vasos
sanitários. Ali cabem 35, mas havia 102 detentos no dia do motim.
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