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Desigualdade entre sexos cai no Brasil
Acesso das mulheres a recursos e oportunidades dos homens passou de 65,43% no ano passado para 66,37% em 2007
Brasil ocupa a 74ª posição entre as 128 nações que integram índice de 2007 do Fórum Econômico Mundial; países nórdicos lideram lista
DENYSE GODOY
DE NOVA YORK
De 2006 a 2007, o Brasil conseguiu reduzir em aproximadamente um ponto percentual as
desigualdades entre homens e
mulheres: enquanto no ano
passado elas tinham acesso a
65,43% de todos os recursos e
oportunidades que estavam
disponíveis para eles, neste ano
a participação subiu para
66,37%.
Com essa taxa, o país está
apenas na 74ª posição entre as
128 nações que integram o Índice de Desigualdade entre Gêneros, elaborado pelo Fórum
Econômico Mundial.
Os quatro primeiros lugares
da edição mais recente do relatório anual, divulgada na semana passada, ficaram com os países nórdicos. A equiparação entre os sexos está em 81,46% na
Suécia (81,33% em 2006);
80,59% na Noruega (79,94%);
80,44% na Finlândia (79,58%);
e 78,36% na Islândia (78,13%).
O Iêmen é o que apresenta o
maior abismo: sua população
feminina só alcança 45,1% dos
meios de que os homens podem lançar mão -ante o ano
passado, houve piora, porque
então o índice era de 45,95%.
Dentre as nações latino-americanas, a melhor colocação foi obtida por Cuba, com
71,69% de igualdade.
"Observando os números do
líder no ranking e do último colocado, podemos ter uma idéia
exata do tamanho do desafio.
Esperamos que o levantamento sirva como um alerta para os
governantes e que eles possam
trocar idéias entre si sobre iniciativas que deram certo", disse
Saadia Zahidi, diretora do Programa de Mulheres Líderes do
Fórum.
Na média mundial, a eqüidade entre homens e mulheres no
que diz respeito ao acesso à
educação básica e superior subiu de 91,55% para de 91,6%;
em relação a salários e possibilidade de galgar postos de trabalho mais altos, o índice passou de 55,78% para 57,3%;
quanto ao poder político, cresceu de 14,07% para 14,15%.
O único aspecto em que houve piora foi saúde e expectativa
de vida: 96,26% para 95,81%.
"O estudo apontou também
ligação entre a competitividade
dos países e o tamanho da desigualdade entre os gêneros. Dar
às mulheres as mesmas chances de qualificação pode se traduzir em vantagens econômicas", disse Laura Tyson, professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, co-responsável pelo relatório.
O Brasil exibe valores superiores à média em saúde
(97,96%), categoria em que é líder na América Latina; educação (96,86%); e participação
econômica (64,49%). Na área
política, porém, o índice é de
6,17% somente, o que significa
que a representação feminina
no governo e comando das empresas é muito pequena.
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