|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Justiça nega três recursos
da Sucursal do Rio
Sérgio Naya sofreu ontem uma
derrota no processo cível movido
contra ele pelos ex-moradores do
Palace 2. Foram negados os três
recursos dele e de suas empresas,
a Sersan e a Matersan, no processo que corre na 4ª Vara de Falências e Concordatas.
Esse é o processo em que são fixadas as indenizações por danos
materiais e morais pagas aos ex-moradores. Naya já perdeu em
primeira instância, recorreu e
perdeu em abril deste ano.
Entre os argumentos dos recursos, Naya alega ter sido citado como pessoa física, quando seriam
suas empresas que deveriam ser
colocadas no processo. Além disso, afirmou que foi prejudicado
por ter tido os bens sequestrados.
Foi o desembargador Semy
Glanz, da 3ª Vice-Presidência do
Tribunal de Justiça do Rio, quem
negou os três recursos. Agora, a
única saída dos advogados de Naya é recorrer no Supremo Tribunal Federal, a última instância.
Prisão ilegal
Nilo Batista, advogado de Naya,
disse ontem à Folha que a prisão
de seu cliente é arbitrária e ilegal e
que Naya virou "um bode expiatório para provar que o sistema
penal não é seletivo".
"Essa prisão é claramente artificial. Vai cumprir a função simbólica de mantê-lo preso durante o
réveillon para purgar aquela circunstância em que uma jornalista, violando a privacidade dele, o
flagrou naquele réveillon dos Estados Unidos (em que Naya dizia
que não tomaria champanhe em
"taça de pobre')", disse o advogado.
Segundo Nilo, Naya foi preso
porque não foi localizado pelo
oficial de justiça num dos processos cíveis de indenização movidos
por uma vítima do Palace 2.
"Ele não pode ter a prisão preventiva declarada em um processo criminal porque não foi localizado para a citação em um processo cível", argumenta.
Naya foi preso na madrugada
de quarta-feira em Brasília e
transferido para o Rio. Seu depoimento na 33ª Vara Criminal do
Rio foi marcado para 7 de janeiro.
Batista afirmou que Naya, como
dono da Sersan, reconhece a responsabilidade civil no desabamento e vai indenizar as famílias.
Até hoje, segundo o advogado, 72
famílias já fecharam acordos de
indenização, mas, como os bens
do ex-deputado e de suas empresas estão bloqueados pela Justiça,
cerca de 50 teriam recebido.
Texto Anterior: Palace 2: Naya diz que não é culpado pelas mortes Próximo Texto: Investigação: Marrey quer resposta rápida e cabal Índice
|