Em dezembro do ano passado, antes do Ano Novo, percebi que o bico do meu seio direito estava fundo. Mas, com a correria de final de ano, esperei passar as festas para procurar a minha médica.
Tentei marcar uma consulta em janeiro, mas minha médica estava de férias. Deixei passar. No mês seguinte, fui visitar uma amiga que tinha feito uma cirurgia na mama. Na hora eu me lembrei de que precisava marcar uma consulta.
Procurei a minha ginecologista. Durante a consulta, ela disse que o meu problema era complicado. Imediatamente ela solicitou uma mamografia e uma biópsia. Fiz no mesmo dia. O resultado deu positivo: eu estava com um tumor na mama.
Marquei uma consulta com o mastologista no dia seguinte. Analisando os exames, ele disse que eu teria que tirar o seio porque o tumor havia comprometido uma grande parte.
Entrei em estado de choque. Não conseguia dormir, chorava muito e não sei de onde tirei forças. Ainda bem que todo o tempo tive o apoio do meu marido e dos meus filhos. Marquei a cirurgia para o dia 8 de março.
A cirurgia durou quatro horas. Tirei 32 gânglios. Depois fiz sessões de quimioterapia e de radioterapia. Hoje, controlo a doença com um medicamento inibidor de aromatase. O único problema é que eu sinto muitas dores nas articulações e muito calor porque ele inibe a produção de estrogênio. Mas isso não importa. Amanhã [quinta-feira, dia 15] vou reconstruir o meu seio. Nasci de novo.


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