São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 2005

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PLANTÃO MÉDICO

Sangue pago acabou há 25 anos

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

O ano está acabando e pouco se comemorou o desaparecimento no Brasil, há 25 anos, do doador profissional de sangue. Em 1980, aconteceu o fim da doação remunerada de sangue em nosso meio.
Até aquele ano, os bancos de sangue particulares recorriam, nas capitais e cidades de médio porte, à doação de sangue remunerada, explica o médico Celso C. Campos Guerra na "Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia" (2005;27(1):1-4), ao relembrar a campanha para a introdução da doação voluntária.
Em 1980, hemoterapeutas (médicos especializados em transfusão de sangue) reunidos em São Paulo decidiram que a doação remunerada deveria ser extinta.
Naquela época, como a doação era remunerada e os receptores pagavam pelo sangue, era dado indevidamente o rótulo de comerciantes de sangue aos médicos especializados em transfusão.
Presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia de 1979 a 1981, Campos Guerra contou com a colaboração, entre outros médicos, de Clóvis Junqueira, Jacob Rosemblit, Leonel Szterling e Pedro M. Takatu para desenvolver a campanha, além de Pedro Kassab, à época presidente da Associação Médica Brasileira.
A campanha teve por base a reposição voluntária de sangue, a partir de parentes e amigos dos pacientes, com base nos modelos dos hospitais Albert Einstein, Santa Catarina, Sírio-Libanês e do Servidor Público do Estado, para manter um estoque suficiente.
Finda a campanha, por decisão dos especialistas, em 1º de maio de 1980 acabou a doação remunerada de sangue em São Paulo.

Saúde bucal
Alunos da rede estadual de ensino de Araçatuba, Campinas, Limeira, Assis, São João da Boa Vista, Piracicaba, José Bonifácio, Presidente Prudente, Sumaré e Taquaritinga e da Diretoria de Ensino Leste 2 recebem terça-feira, às 20h, na Secretaria de Estado da Saúde, os prêmios do concurso "A Saúde Bucal".
É a terceira vez que o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) promove o concurso, em parceria com a Unesco, a Secretaria da Educação do Estado, a Folha, o Bradesco e a Dabi Atlante. O concurso, assinala Emil Adib Razuk, presidente do Crosp, tem por finalidade conscientizar os escolares da necessidade de medidas preventivas para manter uma boa saúde bucal.


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