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Advogados dizem que PMs são inocentes
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA
FOLHA, EM BAURU
O advogado Luiz Henrique
Mitsunaga, responsável pela
defesa de quatro dos seis
PMs presos suspeitos de terem assassinado Carlos Rodrigues Júnior, 15, disse ontem, em Bauru, que seus
clientes são inocentes.
Mitsunaga defende o cabo
Gérson Gonzaga da Silva, 42,
e os soldados Juliano Arcângelo, 34, Maurício Augusto
Delasta, 33, e Ricardo Ottaviani, 34. Segundo Mitsunaga, o rapaz teve um mal súbito logo após ser algemado
dentro de seu quarto.
"Assim que conseguiram
algemar o rapaz, observou-se
que ele estava passando mal,
com excesso de produção de
saliva e palidez. Foi quando
os policiais decidiram soltar
as algemas e o levaram ao
Pronto-Socorro Central."
De acordo com ele, não
houve agressão ao menor
nem foram dados choques
no garoto.
Mitsunaga transferiu toda
a responsabilidade pelo caso,
no entanto, para o tenente
Roger Marcel Vitiver Soares
de Souza, 31 -que afirmou
que não estava no quarto do
garoto quando ele desmaiou.
"O oficial era o responsável
por toda a operação que foi
desenvolvida. Ele tomou por
decisão entrar na residência.
Na verdade, eles seguiram
aquilo que foi orientado."
O advogado de defesa do
tenente e do soldado Émerson Ferreira, 35, José Roberto Spoldari, também disse
que eles não têm envolvimento nas agressões.
O advogado afirmou ainda
que o tenente não pode ser
responsabilizado sozinho
pelo caso.
(BRUNO MESTRINELLI)
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