São Paulo, terça-feira, 18 de dezembro de 2007

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entrevista

"Noel" diz estar acostumado com problemas

DA SUCURSAL DO RIO

Alvo dos tiros de traficantes da favela Vila do João, no Complexo da Maré (zona norte do Rio), Paulo Henrique afirmou que reza ao entrar em uma aeronave para participar de festas em favelas. Vestido de Papai Noel, por pouco não foi atingido pelas balas que acertaram a fuselagem do helicóptero em que voava, anteontem. Após a oração, diz ele, "fica por conta do destino". (IN)

 

FOLHA - Como vocês notaram que a aeronave estava sendo alvo de tiros?
PAULO HENRIQUE
- Nós escutamos o barulho e o piloto retornou à base. Depois me levaram de carro até a festa. Isso não influenciou [na festa]. Sou ator de rua e estou acostumado com os problemas.

FOLHA - Sentiu medo?
HENRIQUE
- Foi tudo muito rápido. Eu sinto tristeza. Ver que a coisa chegou a esse ponto. Foi a primeira vez que aconteceu comigo.

FOLHA - O sr. tem alguma estratégia para fugir deste tipo de problema?
HENRIQUE
- Estratégia? Eu faço orações. O resto fica por conta do destino.

FOLHA - Vai deixar de participar de festas em favelas?
HENRIQUE
- Eu trabalho mais como palhaço. Só no final do ano atuo como Papai Noel. Mas não vou desistir do sonho de fazer a alegria das crianças.


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