São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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Reclamações ao Psiu crescem, mas número de multas cai

Queixas sobre barulho passaram de 37.114 em 2007 para 39.960 até novembro deste ano

Multas por causa de barulho após à 1h caíram de 412, em 2007, para 233 até o mês passado; prefeitura diz que comércio está se adequando


CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os números de reclamações e de punições do Psiu seguiram rumo inverso do ano passado para este ano em São Paulo. Enquanto mais moradores procuraram a prefeitura para reclamar do barulho do comércio, menos donos desses estabelecimentos foram multados pelo poder público.
Em 2007, o Psiu recebeu 37.114 queixas sobre barulho. Neste ano, segundo os dados consolidados até novembro, esse número já chega a 39.960. Mas as multas por causa de barulho após à 1h caíram de 412, em 2007, para 233 até o mês passado. As multas por ruídos em geral (entre às 22h e às 7h) caíram menos: de 221 para 218.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras afirma que não há problemas na fiscalização. Segundo os assessores, os estabelecimentos estão se adequando mais rapidamente à lei e atendendo às notificações.
O aumento das reclamações, disseram, é um sinal de que o serviço do Psiu vem ganhando credibilidade. A prefeitura tem 31 funcionários para fazer valer a lei do silêncio na cidade.
Anteontem, a Câmara aprovou um projeto que amplia a restrição ao barulho de manhã, com o objetivo de coibir ruídos de obras em vias públicas e na construção civil. Se o projeto for sancionado, as obras começarão às 8h, e não mais às 7h.
O principal alvo das reclamações, porém, não são as obras. Segundo a prefeitura, os bares são alvo de 60% das queixas.
Pesquisa Datafolha publicada na série DNA Paulistano mostrou que Pinheiros, Consolação e Jardim Paulista lideram entre moradores que apontam o barulho como o principal problema do local onde vivem.
Diretor-jurídico da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato culpa a falta de planejamento urbano pelo alto índice de queixas. "É preciso criar bairros específicos para os bares, que em sua maioria cumprem a legislação. O grande problema está na movimentação da rua, no cara que buzina, no trabalho do flanelinha", disse Maricato.


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