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Reclamações ao Psiu crescem, mas número de multas cai
Queixas sobre barulho passaram de 37.114 em 2007 para 39.960 até novembro deste ano
Multas por causa de barulho após à 1h caíram de 412, em 2007, para 233 até o mês passado; prefeitura diz que comércio está se adequando
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os números de reclamações
e de punições do Psiu seguiram
rumo inverso do ano passado
para este ano em São Paulo. Enquanto mais moradores procuraram a prefeitura para reclamar do barulho do comércio,
menos donos desses estabelecimentos foram multados pelo
poder público.
Em 2007, o Psiu recebeu
37.114 queixas sobre barulho.
Neste ano, segundo os dados
consolidados até novembro, esse número já chega a 39.960.
Mas as multas por causa de barulho após à 1h caíram de 412,
em 2007, para 233 até o mês
passado. As multas por ruídos
em geral (entre às 22h e às 7h)
caíram menos: de 221 para 218.
A assessoria de imprensa da
Secretaria de Coordenação das
Subprefeituras afirma que não
há problemas na fiscalização.
Segundo os assessores, os estabelecimentos estão se adequando mais rapidamente à lei
e atendendo às notificações.
O aumento das reclamações,
disseram, é um sinal de que o
serviço do Psiu vem ganhando
credibilidade. A prefeitura tem
31 funcionários para fazer valer
a lei do silêncio na cidade.
Anteontem, a Câmara aprovou um projeto que amplia a
restrição ao barulho de manhã,
com o objetivo de coibir ruídos
de obras em vias públicas e na
construção civil. Se o projeto
for sancionado, as obras começarão às 8h, e não mais às 7h.
O principal alvo das reclamações, porém, não são as obras.
Segundo a prefeitura, os bares
são alvo de 60% das queixas.
Pesquisa Datafolha publicada na série DNA Paulistano
mostrou que Pinheiros, Consolação e Jardim Paulista lideram
entre moradores que apontam
o barulho como o principal problema do local onde vivem.
Diretor-jurídico da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato
culpa a falta de planejamento
urbano pelo alto índice de queixas. "É preciso criar bairros específicos para os bares, que em
sua maioria cumprem a legislação. O grande problema está na
movimentação da rua, no cara
que buzina, no trabalho do flanelinha", disse Maricato.
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