São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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Devastação em Tinguá cresceu após morte de ambientalista

DA SUCURSAL DO RIO

A ação de caçadores, "palmiteiros" e a ocupação irregular é a principal causa do desmatamento da Reserva Biológica do Tinguá, na Baixada Fluminense, e seu entorno, apontado pelo SOS Mata Atlântica como a área mais vulnerável à ação de criminosos ambientais nos últimos três anos.
O início do aumento no desmatamento coincide com a morte do ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, em fevereiro de 2005. O suspeito do crime, Leonardo de Carvalho Marques, foi assassinado dois anos depois, após ser absolvido pelo Tribunal do Júri por "falta de provas".
A reserva é a única área verde da Baixada, e manancial de 80% da água consumida pelos cerca de 5 milhões de habitantes da região. Seus 26 mil hectares são cobertos pela vegetação típica da mata atlântica e repletos de riachos e cachoeiras que descem de uma serra que atinge 1.600 metros de altitude.
Apesar do tamanho e dos problemas, apenas 14 servidores trabalham no local. Quatro têm a tarefa de fiscalizar a área, com quatro carros em péssimas condições.
O ambientalista Márcio Castro das Mercês, técnico do Instituto Chico Mendes, afirma que falta responsabilidade de gestores municipais na ocupação do entorno da reserva.
"É perceptível a falta de responsabilidade dos municípios de, pelo menos, não praticar o crime ambiental", diz ele, citando a condescendência de autoridades municipais com pessoas que constróem casa irregularmente na área da reserva ou em seu entorno.


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