|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Devastação em Tinguá cresceu após morte de ambientalista
DA SUCURSAL DO RIO
A ação de caçadores, "palmiteiros" e a ocupação irregular é
a principal causa do desmatamento da Reserva Biológica do
Tinguá, na Baixada Fluminense, e seu entorno, apontado pelo SOS Mata Atlântica como a
área mais vulnerável à ação de
criminosos ambientais nos últimos três anos.
O início do aumento no desmatamento coincide com a
morte do ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, em fevereiro de 2005. O suspeito do
crime, Leonardo de Carvalho
Marques, foi assassinado dois
anos depois, após ser absolvido
pelo Tribunal do Júri por "falta
de provas".
A reserva é a única área verde
da Baixada, e manancial de
80% da água consumida pelos
cerca de 5 milhões de habitantes da região. Seus 26 mil hectares são cobertos pela vegetação
típica da mata atlântica e repletos de riachos e cachoeiras que
descem de uma serra que atinge 1.600 metros de altitude.
Apesar do tamanho e dos
problemas, apenas 14 servidores trabalham no local. Quatro
têm a tarefa de fiscalizar a área,
com quatro carros em péssimas
condições.
O ambientalista Márcio Castro das Mercês, técnico do Instituto Chico Mendes, afirma
que falta responsabilidade de
gestores municipais na ocupação do entorno da reserva.
"É perceptível a falta de responsabilidade dos municípios
de, pelo menos, não praticar o
crime ambiental", diz ele, citando a condescendência de
autoridades municipais com
pessoas que constróem casa irregularmente na área da reserva ou em seu entorno.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Spray de pimenta é altamente inflamável, conclui Exército Índice
|