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OUTRO LADO
Diretora afirma que denúncia foi uma represália da pediatra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A diretora da maternidade Balbina Mestrinho, Ângela Loureiro,
afirmou que a pediatra Luiza
Mendonça denunciou as mortes
dos bebês por represália. Segundo
ela, os números apresentados pela
médica, referentes ao primeiro
quadrimestre de 2000, são falsos.
"Ela deve ter pego esses números com pressa e errou. Nossa taxa de mortalidade está dentro das
estabelecidas como normais."
Segundo a diretora, a ex-chefe
da UTI Neonatal foi afastada em
novembro de 99 por não ter especialização em neonatologia, "um
dos requisitos para ocupar o cargo". Luiza trabalhava havia 22
anos no hospital (15 como chefe
da unidade neonatal).
"Ela (Luiza) não tinha título (especialização). Precisávamos de
uma pessoa com título para conseguir o credenciamento do Ministério da Saúde. Ela, que mandava em tudo, nunca apontou
problema algum na unidade",
afirma.
Alto risco
Ângela disse que as mortes dos
bebês ocorreram por prematuridade extrema, infecção neonatal e
insuficiência respiratória.
"Nosso estabelecimento recebe
gestantes de alto risco como mães
que não fazem pré-natal", disse.
Segundo ela, Luisa Mendonça
também teria responsabilidade
pelas mortes dos bebês.
"Nunca faltou equipamento
nem medicamento. Ela solicitou
equipamentos que não poderíamos comprar logo, pois precisava
fazer uma concorrência pública.
Os equipamentos estão chegando
agora", disse.
Segundo a diretora, com o credenciamento do Ministério da
Saúde a UTI poderá receber verbas do Sistema Único de Saúde
(SUS).
(KB)
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