São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2001

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OUTRO LADO
Diretora afirma que denúncia foi uma represália da pediatra

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A diretora da maternidade Balbina Mestrinho, Ângela Loureiro, afirmou que a pediatra Luiza Mendonça denunciou as mortes dos bebês por represália. Segundo ela, os números apresentados pela médica, referentes ao primeiro quadrimestre de 2000, são falsos.
"Ela deve ter pego esses números com pressa e errou. Nossa taxa de mortalidade está dentro das estabelecidas como normais."
Segundo a diretora, a ex-chefe da UTI Neonatal foi afastada em novembro de 99 por não ter especialização em neonatologia, "um dos requisitos para ocupar o cargo". Luiza trabalhava havia 22 anos no hospital (15 como chefe da unidade neonatal).
"Ela (Luiza) não tinha título (especialização). Precisávamos de uma pessoa com título para conseguir o credenciamento do Ministério da Saúde. Ela, que mandava em tudo, nunca apontou problema algum na unidade", afirma.

Alto risco
Ângela disse que as mortes dos bebês ocorreram por prematuridade extrema, infecção neonatal e insuficiência respiratória.
"Nosso estabelecimento recebe gestantes de alto risco como mães que não fazem pré-natal", disse. Segundo ela, Luisa Mendonça também teria responsabilidade pelas mortes dos bebês.
"Nunca faltou equipamento nem medicamento. Ela solicitou equipamentos que não poderíamos comprar logo, pois precisava fazer uma concorrência pública. Os equipamentos estão chegando agora", disse.
Segundo a diretora, com o credenciamento do Ministério da Saúde a UTI poderá receber verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). (KB)


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