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Especialista vê risco de análise muito subjetiva
DA REPORTAGEM LOCAL
A possibilidade de um policial de trânsito definir a embriaguez de um motorista é algo criticado por alguns especialistas sob a alegação de que
poderá ser algo subjetivo.
"É arriscado deixar para um
guarda definir. Eles não são
preparados para isso. Abre
margem para abuso de autoridade", afirma Jaime Waisman,
professor da USP, para quem
seria mais eficaz tentar medidas legais que tornem obrigatória a utilização do bafômetro.
Kazuo Sakamoto, ex-presidente do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),
vê subjetividade inclusive no
índice de 0,6 g/l previsto na lei.
"A quantidade de álcool no
sangue não aponta se a pessoa
está ou não em condições de
dirigir. Cada um tem um tipo
de resistência. O que define é a
avaliação clínica", afirma ele,
para quem a melhor regra era a
do código anterior a 1998, que
previa análise médica do motorista. "É bem melhor do que
pegar a avaliação de um policial leigo. Não é prudente passar essa atribuição para alguém
que seja parte envolvida", diz.
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