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Marcola vai para penitenciária que não tem bloqueador de celular
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
Livre do regime linha-dura do
sistema prisional, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, foi
transferido ontem da Penitenciária 1 de Presidente Bernardes para
outro presídio do interior, sob
forte aparato de segurança.
No total, 66 detentos -os que
estavam nas sete celas que tiveram as grades serradas- foram
levados para outros presídios. A
Secretaria da Administração Penitenciária não quis informar nomes nem o destino.
Agentes penitenciários afirmaram que Marcola estava no grupo
de 54 presos transferidos para a
Penitenciária 1 de Avaré (262 km
de SP). A penitenciária tem uma
área destinada ao RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) e outra
ao RDE (uma versão mais amena
do RDD), mas também apresenta
vagas para o cumprimento normal de pena -os 54 presos foram
levados para esse espaço.
Na Penitenciária 1 de Avaré,
mesmo os presos em regime comum ficam em celas individuais.
Mas não são submetidos às regras
do RDD. Não há bloqueador de
celular como no CRP (Centro de
Readaptação Penitenciária) de
Presidente Bernardes, onde o
RDD também é aplicado. A Penitenciária 1 de Presidente Bernardes também não tem bloqueador.
A unidade de Avaré está na fila
para obter um sistema de raios X.
A Secretaria da Administração
Penitenciária disse, por nota, que
a informação sobre o destino de
Marcola e outros líderes comprometeria a segurança. Desde que
voltou de férias, na última segunda, o secretário Nagashi Furukawa recusa pedidos de entrevista.
Ontem, a polícia anunciou a prisão de mais seis suspeitos. Dois
estariam ligados a um atentado
contra uma base da PM em Santana (zona norte de SP), na semana
passada, e outros quatro teriam
participado da organização da
tentativa frustrada de resgate em
Presidente Bernardes.
Exame de balística mostrou que
duas pistolas apreendidas com
dois homens na semana foram
usadas no atentado à base da PM
em Santana. Anteontem, a polícia
prendeu mais dois suspeitos de
participar da ação. Segundo os
policiais, a ordem do ataque teria
partido de um "piloto" -líder do
PCC que domina um presídio ou
uma área da cidade.
Os outros quatro presos fariam
parte de uma célula do PCC em
Mauá (Grande SP) supostamente
responsável pela organização da
tentativa de resgate. Três deles
aparecem nas escutas telefônicas.
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