São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2008

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Para Polícia Civil, PMs punidos são suspeitos de assassinar coronel

Essa é a principal linha de apuração da Polícia Civil para o homicídio de José Hermínio Rodrigues na última quarta

Polícia levanta quais policiais foram punidos durante a gestão do oficial como comandante da PM na zona norte de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Policiais militares presos e exonerados na gestão do coronel José Hermínio Rodrigues, 48, comandante da PM na zona norte de São Paulo, são, para a Polícia Civil, os principais suspeitos do assassinato do oficial na última quarta-feira.
Essa é principal linha de investigação do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) que, junto com a Corregedoria da PM, começou a fazer o levantamento.
O DHPP diz não ter concluído o levantamento e, por isso, não sabe qual é o universo de suspeitos investigados. Um dos locais que terá atenção especial é o presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, onde ficam presos PMs e ex-PMs.
De oito chacinas ocorridas na zona norte em 2007, durante o comando do coronel Hermínio, quatro foram esclarecidas e todas tinham a participação de PMs. Pelo menos sete policiais foram presos ou identificados.
O DHPP também vai investigar as visitas recebidas pelos PMs detidos no presídio Romão Gomes. A apuração inclui pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico, para saber com quem falaram no dia do crime.
Além dos suspeitos de participação em grupos de extermínio, também estão na lista policiais militares investigados por envolvimento com esquema de proteção a jogos ilegais. Há pelo menos um oficial, um capitão que atuava na zona norte, suspeito de envolvimento com bingos e videopôquer.
O setor de comunicação da PM afirmou que só o DHPP falaria sobre as investigações.

Rota
O delegado do DHPP Marcos Carneiro Lima disse ontem que considera "muita remota" a ligação do jovem morto anteontem pela Rota, Júlio César Perrotta Salomé, 18, com o assassinato do coronel. Os PMs de elite dizem que houve troca de tiros quando foram apurar uma denúncia anônima sobre o crime contra o oficial.
Apesar de o boletim de ocorrência reforçar essa versão, a PM diz que eles foram apurar suspeita de tráfico de drogas.


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