São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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EDUCAÇÃO

Camisinhas serão disponibilizadas aos alunos nos colégios da prefeitura que já aderiram ao programa de sexualidade

Escola municipal distribui preservativo

DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo anuncia hoje, oficialmente, seu programa de sexualidade e camisinha na rede municipal de ensino. Sessenta escolas, de um total de 455 de ensino fundamental, aderiram até agora.
O programa está em andamento em cinco cidades, entre elas Rio Branco (AC) e Curitiba (PR). Em São Paulo, o anúncio deve ser feito pela prefeita Marta Suplicy e pelo o ministro Humberto Costa, da Saúde, no CEU Jambeiro (Centro Educacional Unificado), em Guaianazes, na zona leste.
O projeto, resultado de parceria dos ministérios da Educação e da Saúde, foi anunciado em agosto passado. Os treinamentos se estenderam de setembro a dezembro. Participaram coordenadores pedagógicos, representantes da comunidade escolar (funcionários e pais) e adolescentes.
Em algumas escolas, o projeto com os alunos já começou em dezembro. "Os preservativos não são dados, eles são colocados à disposição dos estudantes", diz Tania Teixeira, do Projeto Vida, entidade que atua em parceria.
Os preservativos podem estão disponíveis na coordenadoria pedagógica ou nos centros acadêmicos. Cada aluno tem direito a oito por mês. A meta é disponibilizar preservativos para estudantes acima de 13 anos, dos dois sexos.
Segundo a Secretaria Municipal da Educação, a iniciação sexual em São Paulo se dá em média aos 14,5 anos. A intenção do projeto, segundo os ministérios, não é antecipar a vida sexual dos alunos, mas prepará-los para iniciá-la.
Em Campinas, um levantamento do Centro de Orientação e Apoio Sorológico, da prefeitura, apontou que 57,5% das pessoas que descobriram serem portadoras do HIV admitiram que não utilizavam nunca ou eram usuárias eventuais de preservativos em relações sexuais. Desse percentual, 18,5% descartaram o uso de camisinha e 39% disseram que a utilizam só ocasionalmente.
O balanço abrange o cadastro de atendimentos nos últimos dez anos, que inclui 24,8 mil questionários, aplicados quando a pessoa chega para fazer o exame.


Colaborou a Folha Campinas


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