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Isenção deve custar R$ 50 mi, calcula MEC
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Educação calcula serem necessários R$ 350 milhões para abrir 100 mil vagas em
universidades públicas. Segundo
o ministro Tarso Genro, a "estatização" de vagas proposta no programa Universidade para Todos,
que dá isenção fiscal, custaria um
sétimo desse valor.
O programa estende a instituições privadas com fins lucrativos
isenções de impostos já obtidas
por filantrópicas. Em troca, o governo fica com parte das vagas, a
serem destinadas a alunos de escola pública, negros, deficientes
físicos, índios e ex-presidiários.
Hoje, as instituições sem fins lucrativos, inclusive filantrópicas,
têm até 100% de isenção. Segundo
o MEC, concentram 90% dos alunos. No início da semana, Tarso
disse que o impacto da isenção é
"desprezível". O ministro ontem
usou o valor estimado para abrir
vagas nas federais como forma de
rebater as críticas ao programa.
Para ele, a abertura das vagas
nas particulares não exige verba
do governo. "A estrutura das universidades já está montada. Vamos usar vagas ociosas, um "capital morto"." Tarso disse ainda que
já foram oferecidas 50 mil vagas.
Sobre o número de vagas, o ministro não descarta definir o índice mínimo de negociação. O MEC
quer pelo menos 400 mil vagas
"estatizadas" em cinco anos. A estimativa é que 37,5% das vagas na
rede particular estejam ociosas.
Para ele, regiões com poucas
instituições particulares devem
receber mais recursos públicos. A
maior oferta de vagas está no Sul e
no Sudeste. "As vagas serão destinadas a setores mais empobrecidos da população. Quando falam
em regiões ricas, dizem como se
[essas áreas] não tivessem vastíssimos setores empobrecidos."
Provão
Eliezer Pacheco, 60, novo presidente do Inep (Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais), disse ontem, após assumir,
que formandos de cursos avaliados não serão mais obrigados a
fazer prova para receber diploma,
como ocorria no Provão. Mas a
avaliação, a ser chamada de Enade (Exame Nacional do Desempenho do Estudante) e que será por
amostragem, continuará obrigatória para os alunos sorteados.
Proposta apresentada ontem
pelo deputado Dr. Evilásio (PSB-SP) prevê que o currículo dos estudantes cite a situação em relação ao exame -ou comprovante
de participação ou de dispensa.
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