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Revisão permite modernização, diz historiadora
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a historiadora Maria
Cecília Naclério Homem, professora aposentada da FAU e do
Instituto de Estudos Brasileiros da USP, a revisão do tombamento proposta pelo Condephaat é positiva, pois pode possibilitar a modernização da região da Santa Efigênia.
"Acho válido preservar a fachada e fazer construções mais
modernas dentro. O conjunto é
que é importante", diz. "Esse
processo foi muito usado em
Paris, por exemplo, e deu certo", acrescenta.
Para ela, em uma cidade com
pouca memória como São Paulo, a preservação histórica pode
contribuir para a revitalização
imobiliária de áreas degradadas. "As pessoas gostam da história, querem preservar o patrimônio. Regiões com essas características tendem a ser valorizadas, atrair novos empreendimentos."
Professora de história de São
Paulo, ela destaca que o bairro
de Santa Efigênia já passou por
muitas modificações desde o
seu surgimento, na segunda
metade do século 19.
"Originalmente, era um bairro nobre, com palacetes residenciais, e bem servido de infra-estrutura urbana. Hoje está
deteriorado", destaca.
Já Sarah Feldman destaca a
necessidade de um estudo prévio para a adaptação dos prédios. "Eu acho que os imóveis
em geral que poderiam ser utilizados têm de ter uma adaptação. A questão agora é saber como isso vai ocorrer no âmbito
do projeto urbanístico. Não dá
para pensar que vai ficar só a
casca e ponto final. A preservação implica em intervenção.
Não é simplesmente não mexer
em nada", afirmou a arquiteta
urbanista e professora da USP
de São Paulo.
Para ela, a decisão do Condephaat mantém o aspecto de
conjunto urbano dos imóveis
tombados, concentrados em
poucas ruas. "Uma listagem de
tombamento é o primeiro passo. Agora tem de ter um projeto
urbanístico e diretrizes claras
de como utilizar."
(LC e ES)
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