São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2011

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BRASILEIRAS EM PORTUGAL

Para procurador, governo não se empenha em repatriar crianças

DE SÃO PAULO - O procurador de Justiça da Bahia Lidivaldo Britto diz que falta empenho do governo brasileiro no caso de duas meninas baianas, de 5 e 11 anos, que vivem com uma mulher em Portugal desde 2006 sem autorização da mãe, Rosenilda Barbosa Alves, 28.
Para o procurador, o caso é mais grave do que o do menino Sean Goldman -que viveu no Brasil com os avós depois da morte da mãe e acabou mudando para os EUA após o pai obter sua guarda. "Não há nenhum outro caso de criança brasileira fora do país sem nenhum parente", afirma Britto.
A confusão começou em 2005, quando Rosenilda viajou a Portugal com a filha menor recém-nascida. Ela passou um tempo na casa da amiga portuguesa Paula Figueiredo, retornou para buscar a filha mais velha e, na segunda viagem ao Brasil, para tirar visto de trabalho, deixou as meninas com Paula.
Paula conseguiu a guarda provisória das garotas com uma declaração de Rosenilda, concedendo a ela tutela temporária das filhas. Com esse documento, a portuguesa conseguiu na Justiça a guarda.
Rosenilda diz ter sido enganada pela amiga e nega ter entregue as filhas para adoção. O processo tramita na Suprema Corte Portuguesa. Britto planeja ajudar Rosenilda a entrar com uma representação para reverter a decisão.
O Ministério de Relações Exteriores disse que o Consulado em Portugal acompanha o caso, presta apoio a Rosenilda e concede advogado.


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