São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SILVIA REGINA VAZ DA COSTA NEVES
(1957-2010)


Para a família, ela foi uma "menininha" exemplar

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O tempo passou, e Silvia Regina Vaz da Costa Neves, aos 52, continuava sendo na família a Menininha -ou Nininha, na versão encurtada. O irmão Antonio, o Tuco, até brincava: eles envelheceriam com o apelido de infância.
Silvia era a mais velha entre os irmãos -a mãe, Camilla, 80, chegou a ter um filho antes dela, mas o perdeu. Assim, ela cresceu acreditando que tinha de servir de bom exemplo para os outros irmãos.
Antonio lembra: Silvia, formada pedagoga pela PUC em 1979, era toda certinha, e levava a vida como se estivesse seguindo um roteiro escrito.
Quis ser a filha exemplar, a irmã mais velha que sempre ajudava o irmão menor, segurando sua mão assim que o via com medo de ir à escola, e a mãe e dona de casa perfeitas.
A profissão escolhida ela exerceu por pouco tempo. Em 1981, casou-se, teve o primeiro filho, mas não obteve sucesso no relacionamento, encerrado após cinco anos.
O segundo, desde 1990, estava sendo mais duradouro, e lhe deu mais um filho.
Segundo Antonio, a irmã, "discreta" e que "de nada reclamava", ultimamente planejava mudanças: há alguns dias, foi a uma reunião espírita, decidida a voltar a frequentar os encontros.
Na madruga de sábado, ela sentiu-se mal. Enquanto aguardava atendimento no hospital, sofreu um infarto e morreu. Para a família, ela foi o que se propôs: a irmã, a mãe e a dona de casa exemplares.
A missa de sétimo dia será amanhã, às 11h, na capela do colégio Pio 12, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Ex-modelo diz que foto sensual com filho foi só "brincadeira"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.