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SILVIA REGINA VAZ DA COSTA NEVES
(1957-2010)
Para a família, ela foi uma "menininha" exemplar
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O tempo passou, e Silvia
Regina Vaz da Costa Neves,
aos 52, continuava sendo na
família a Menininha -ou Nininha, na versão encurtada. O
irmão Antonio, o Tuco, até
brincava: eles envelheceriam
com o apelido de infância.
Silvia era a mais velha entre
os irmãos -a mãe, Camilla,
80, chegou a ter um filho antes dela, mas o perdeu. Assim,
ela cresceu acreditando que
tinha de servir de bom exemplo para os outros irmãos.
Antonio lembra: Silvia, formada pedagoga pela PUC em
1979, era toda certinha, e levava a vida como se estivesse
seguindo um roteiro escrito.
Quis ser a filha exemplar, a
irmã mais velha que sempre
ajudava o irmão menor, segurando sua mão assim que o via
com medo de ir à escola, e a
mãe e dona de casa perfeitas.
A profissão escolhida ela
exerceu por pouco tempo. Em
1981, casou-se, teve o primeiro filho, mas não obteve sucesso no relacionamento, encerrado após cinco anos.
O segundo, desde 1990, estava sendo mais duradouro, e
lhe deu mais um filho.
Segundo Antonio, a irmã,
"discreta" e que "de nada reclamava", ultimamente planejava mudanças: há alguns
dias, foi a uma reunião espírita, decidida a voltar a frequentar os encontros.
Na madruga de sábado, ela
sentiu-se mal. Enquanto
aguardava atendimento no
hospital, sofreu um infarto e
morreu. Para a família, ela foi
o que se propôs: a irmã, a mãe
e a dona de casa exemplares.
A missa de sétimo dia será
amanhã, às 11h, na capela do
colégio Pio 12, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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