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4 dos 13 mortos no Rio não tinham ficha criminal
Entre as pessoas sem antecedentes, três foram baleadas
pela polícia em confronto no morro da Mineira anteontem
Ontem, a troca de tiros entre
policiais e criminosos no
morro do Pavão-Pavãozinho
causou novo pânico no Rio
-desta vez em Copacabana
ITALO NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Quatro das 13 pessoas mortas
anteontem no confronto no
morro da Mineira, na região
central do Rio de Janeiro, não
tinham antecedentes criminais. Três delas foram baleadas
em confronto com a polícia
-uma era menor de idade.
A disputa entre facções criminosas pelo controle de pontos-de-venda de drogas levou a
população ao desespero.
Segundo nota divulgada pela
polícia, Alan Duarte Moraes,
25, André Ferreira da Costa, 26,
e um adolescente de 17 anos foram "feridos e vieram a falecer
no HMSA [hospital municipal
Souza Aguiar]". "Com os meliantes, foram arrecadados dois
fuzis e uma granada".
Anteontem, o prefeito Cesar
Maia (DEM) afirmara que os
supostos criminosos teriam sido deixados mortos no hospital. "Os policiais depositaram
os corpos como se eles ainda tivessem alguma chance de ser
atendidos com vida", reclamou.
A prefeitura administra o Souza Aguiar, onde foram deixados
os 13 mortos e os seis feridos.
O quarto morto foi Guilherme José Pezzino Cavalcante,
24. Ele não tinha antecedentes
criminais e teria sido morto em
confronto entre traficantes.
Entre os mortos no confronto, está Luiz Fabiano Higino,
31, conhecido como "Fafa". Ele
seria o antigo "gerente do pó",
segundo a polícia, do morro da
Mineira, quando a favela era
dominada pelo Comando Vermelho. A facção ADA (Amigo
dos Amigos) teria tomado o
controle dos pontos-de-venda
de drogas na base do morro.
Até ontem à noite, dois supostos bandidos permaneciam
internados sob custódia no
hospital Souza Aguiar: Rodrigo
Alves Ferreira, que seria o gerente do tráfico no morro da
Formiga, na Tijuca (zona norte) e um homem ainda não-identificado. Dois adolescentes
foram presos em flagrante com
um fuzil e duas pistolas.
Novo tiroteio
Ontem, a troca de tiros entre
criminosos e policiais civis no
morro do Pavão-Pavãozinho
provocou novo pânico no Rio,
desta vez em Copacabana (zona sul). Em busca de três criminosos, os agentes cumpriram
um dos mandados de prisão,
mataram um suposto traficante, detiveram sete pessoas e
apreenderam uma espada.
"Alguns integrantes do CV
têm esse hábito de colecionar
espadas", afirmou o delegado
Carlos Oliveira. Policiais posaram para as fotos com a arma.
"Parece a espada do He-Man
[personagem de desenho animado]", disse Oliveira.
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