DA REPORTAGEM LOCAL

Morreu anteontem em São Paulo o dramaturgo e diretor teatral Reinaldo da Costa Maia, 57, após sofrer uma parada cardíaca.
Fundador há 13 anos do Folias d'Arte, grupo considerado referência do teatro experimental de SP, Maia seria homenageado anteontem à noite na sede da companhia, na capital. O enterro estava previsto para ontem, em Ibitinga (SP), onde nasceu.
Formado em filosofia pela USP e funcionário da Funarte (Fundação Nacional de Artes) desde 1988, iniciou a carreira no Núcleo Independente, em Santo André, ao lado de Celso Frateschi e Denise Del Vecchio. Autor dos livros "Uai, Why Not?", "O Ator Criador" e "Brecht Visto da Rua - Ou o Teatro de Todos os Dias", Maia foi também um dos principais articuladores do movimento Arte contra a Barbárie, que surgiu em 1999 e teve como principal conquista a Lei de Fomento, de 2002.
Trabalhou, a partir de 1985, na Fundação Nacional de Artes Cênicas, antiga Fundacen, e foi depois integrado à Funarte. Também foi assessor do secretário municipal de Cultura de SP. De 1986 a 1988, foi assessor do secretário de Apoio à Produção Cultural do Ministério da Cultura e acompanhou a elaboração da Constituição.
Sua principal contribuição para o teatro foi como dramaturgo. Escreveu e adaptou, entre outros, "Orestéia - O Canto do Bode", indicado ao prêmio Shell 2007 nas categorias de melhor ator, direção musical e luz.

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