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Com PIB per capita 2 vezes maior que o de SP, Holambra terá ajuda
CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre os municípios de São
Paulo escolhidos para receber
ajuda pelo PDE, está Holambra, estância turística na região
de Campinas colonizada por
holandeses e conhecida pelo
cultivo de flores. Apesar do PIB
per capita de R$ 38.725 -mais
que o dobro do estadual e o triplo do nacional, segundo o IBGE- a cidade foi selecionada
para o programa pela nota do
Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Se fossem escolhidos apenas
os mil municípios com menores notas, não haveria nenhum
em São Paulo. O MEC resolveu,
então, incluir as cidades com
piores notas em cada Estado.
Em São Paulo, foram escolhidas 16. "Holambra está na lista
por acidente", afirma a coordenadora de Pedagogia da Unicamp, Ângela Faligo.
Para ela, fatores como qualidade de vida, violência e orçamento municipal deveriam ser
considerados. "Criou-se esta
febre de avaliação cujos instrumentos nem sequer são muito
bons e passam a ser referenciais absolutos", diz. "Quase todos os municípios vizinhos precisavam mais."
O prefeito de Holambra, Celso Capato (DEM), afirma que
aderiu ao PDE em junho, assim
que técnicos do MEC visitaram
a cidade. Segundo ele, até agora, o município não sabe quanto vai receber em dinheiro.
"Acho até que algum município devia ter uma nota mais
baixa que a nossa, mas tem que
ver se quiseram fazer parte do
PDE porque precisa haver
compromissos", diz Capato, listando medidas de capacitação,
reforma e compra de material.
Holambra tem quatro escolas de 1ª a 4ª série e uma de 5ª a
8ª, a Parque dos Príncipes, onde estudaram os alunos que fizeram a Prova Brasil em 2005.
A unidade, que tem 900 alunos,
entrou no PDE Escola e vai receber uma verba específica.
A Parque dos Príncipes tem
reproduções de quadros famosos nas paredes, mesa de pebolim, quadra e salas organizadas.
Alguns alunos não sabem dizer
o que falta. "Cobrir a quadra",
sugere Naira Cristina Mariano,
13. Paulo da Silva Ferreira, 14,
que chegou este ano de Taiobeiras (MG), tem outras idéias.
"Falta computador e uma biblioteca. Na minha antiga escola tinha", afirma.
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