São Paulo, segunda-feira, 19 de maio de 2008

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Especialistas pedem piso salarial para professores

DA SUCURSAL DO RIO

A pedido da Folha, coordenadores de dois dos mais importantes movimentos de monitoramento da educação analisaram pontos do PDE.
Daniel Cara (Campanha Nacional pelo Direito à Educação) e Mozart Ramos (Todos Pela Educação) concordam sobre a importância de aprovar o piso salarial dos professores para atrair jovens ao magistério.
Os dois elogiaram ainda o ProInfância, destinado à construção de creches e pré-escolas que, em 2007, empenhou recursos para 515 unidades. Mas ambos dizem que o investimento está longe da meta do Plano Nacional de Educação, que é ter 50% das crianças de zero a três anos em creches até 2011. Em 2006, eram 15%.
Quanto aos avanços na avaliação, Ramos diz que esperava mais da Provinha Brasil: "Todos os municípios deveriam aplicar obrigatoriamente".
Apesar das críticas, ambos se mostram otimistas. "Há uma luz nova na questão da educação, que é uma gestão por resultados. Isso é muito importante, mas é preciso agora enfrentar o desafio de tratar as questões de forma mais ágil", diz Ramos. Cara diz esperar pressão por investimentos. "Estamos hoje no patamar de 3,5% [de gasto público] em relação ao PIB, mas trabalhamos com a perspectiva de 7%."
Ramos cobra continuidade. "Teremos eleições municipais neste ano. Em muitas cidades, quando há troca de governo, há uma varredura completa das políticas públicas e das pessoas associadas ao governo anterior." A secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Silva, tenta prevenir a descontinuidade. "Estamos trabalhando com os atuais secretários de educação para que deixem ao próximo gestor um balanço do que fizeram e um plano para os primeiros 100 dias".


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