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PF prende dez em flagrante com imagens de pedofilia no Orkut
Operação Turko cumpriu mandados em 20 Estados e no Distrito Federal
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dez pessoas foram presas em
flagrante, ontem, com imagens
de pornografia infantil durante
operação da Polícia Federal
que investiga o uso da rede de
relacionamentos Orkut para
troca desse tipo de material. É a
primeira operação brasileira
que combate a pornografia infantil em redes como esta.
As fotos, de perfis do Orkut,
mostram crianças de até 12
anos em situações de abuso,
com adultos ou outras crianças.
Parte delas é estrangeira e parte é brasileira. O Brasil está entre os quatro países que mais
consomem o material, diz a PF.
A investigação se baseou nos
primeiros dados com imagens
de teor pedófilo fornecidos pela
Google Brasil, após quebra de
sigilo pela CPI da Pedofilia.
A Operação Turko (mesmas
letras da palavra Orkut) cumpriu 92 mandados de busca e
apreensão em 20 Estados e no
Distrito Federal. Foram cinco
prisões em SP, duas no RS, uma
no ES, uma na PB e uma em PE.
Os dez presos foram encontrados com material de pedofilia em varredura superficial da
PF nos computadores. Outras
pessoas ainda podem ser presas
após análise detalhada.
A investigação envolve dois
crimes: 1) divulgação do material na internet, com pena de
três a seis anos de prisão e multa; 2) posse do material, com
pena de um a quatro anos -este passou a ser crime em 2008,
com projeto de lei da CPI.
A investigação só considerou
denúncias feitas até março de
2008. Outros 18.331 perfis estão em análise e vão desencadear novas operações, segundo
o procurador do Ministério Público de SP Sérgio Suiama.
A investigação foi feita em
conjunto com a promotoria
paulista, a ONG Safernet, autora das denúncias, e a CPI da Pedofilia do Senado. Em abril de
2008, a comissão obrigou a
Google a fornecer dados de
3.265 perfis denunciados por
usuários por pornografia infantil. Desses, 805 tinham realmente material impróprio.
A Google Brasil informou
que apoia a investigação e que a
entrega de dados é sempre feita
após pedido judicial.
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