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Ministério Público diz ser contra regime semiaberto para Suzane
Promotores pedem a juiz que ex-estudante passe por exame criminológico
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público de São
Paulo manifestou-se contrário
à possibilidade de a Justiça
conceder a Suzane von Richthofen o regime semiaberto
-em que o preso trabalha de
dia e volta à prisão à noite.
Pede, ao menos, a realização
de exame criminológico para
avaliar se houve melhoras. Em
2002, Suzane ajudou a matar os
próprios pais. Foi condenada a
38 anos e seis meses de prisão.
"Os gravíssimos crimes cometidos pela executada, além
de ocasionarem patente clamor
público, assustaram e repugnaram os próprios profissionais
habituados com o manejo diário do direito penal", diz trecho
de documento enviado à Justiça pelos promotores Paulo José
De Palma e Paulo Rogério Bastos Costa, que afirmam não
existir prova de melhora.
Para eles, o juiz Luís Geraldo
Lanfredi -que decidirá sobre o
pedido da ex-estudante- deve
seguir a orientação do desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, que analisou recursos de Suzane.
"Em caso de pretenderem
progressão de regime, os condenados Suzane von Richthofen, Daniel Cravinhos de Paula
e Silva e Cristian Cravinhos de
Paula e Silva [que participaram
do crime] devem ser submetidos a exame criminológico por
comissão multidisciplinar para
avaliação de sua prognose, face
à perigosidade demonstrada",
diz trecho de decisão de Cogan
reproduzido pela Promotoria.
Segundo o TJ, Lanfredi deve
analisar a carta dos promotores
e, hoje, abrir prazo de cinco dias
para a defesa de Suzane também se manifestar. Ao final
desse período, decide se pede o
exame ou não -pode atender
ao pedido sem sua realização.
Esse exame -que ficaria
pronto em, no máximo, três semanas- é realizado em geral
por uma equipe de psicólogo,
psiquiatra e assistente social.
Denivaldo Barni, advogado
de Suzane, disse que deve pedir
a refutação do exame porque
não é uma exigência legal e porque a Promotoria não faz a
mesma solicitação em casos similares. "Só queremos que ela
seja tratada como os demais."
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