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"Solução é acabar com os bilhetes"
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção do Metrô admite estar tendo problemas com o crescimento dos assaltos às bilheterias e
diz que sua estratégia para combater o fenômeno consiste em aumentar o efetivo de segurança e
acabar com a venda de bilhetes.
De acordo com Décio Tambelli,
diretor de operação da companhia, o quadro de seguranças chegará a 800 homens no final do ano
-hoje, são 690. Para o Metrô, o
número será suficiente.
"Londres tem uma rede dez vezes maior do que a nossa e conta
com 500 seguranças", diz Tambelli, que descarta a possibilidade de
chegar ao efetivo sugerido pelo
sindicato -mil homens.
Além disso, de acordo com o
executivo, melhor do que blindar
bilheterias é extinguir os bilhetes.
O Metrô quer licitar a implantação do metropass -um cartão de
plástico que será recarregado com
dinheiro- no segundo semestre.
O sistema deverá ser operado
por concessão de 20 anos, e a administradora fará a arrecadação
fora das estações. Com o cartão,
estima a companhia, as bilheterias serão desativadas até 2003.
Os funcionários, de acordo com
a direção da empresa, serão reaproveitados na expansão da rede.
Mas, em caso de atraso na licitação, de acordo com Tambelli, o
Metrô não descarta a blindagem
dos guichês pedida pelo sindicato.
Segundo o Metrô, computados
os episódios ocorridos nas estações (de brigas a assaltos), há uma
queda na média mensal do número de casos. Após um pico em
1998 de 542 ocorrências mensais,
o número vem caindo: 466 (1999),
461 (2000) e 456 (2001).
(SC)
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