São Paulo, terça-feira, 19 de junho de 2001

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"Solução é acabar com os bilhetes"

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção do Metrô admite estar tendo problemas com o crescimento dos assaltos às bilheterias e diz que sua estratégia para combater o fenômeno consiste em aumentar o efetivo de segurança e acabar com a venda de bilhetes.
De acordo com Décio Tambelli, diretor de operação da companhia, o quadro de seguranças chegará a 800 homens no final do ano -hoje, são 690. Para o Metrô, o número será suficiente.
"Londres tem uma rede dez vezes maior do que a nossa e conta com 500 seguranças", diz Tambelli, que descarta a possibilidade de chegar ao efetivo sugerido pelo sindicato -mil homens.
Além disso, de acordo com o executivo, melhor do que blindar bilheterias é extinguir os bilhetes. O Metrô quer licitar a implantação do metropass -um cartão de plástico que será recarregado com dinheiro- no segundo semestre.
O sistema deverá ser operado por concessão de 20 anos, e a administradora fará a arrecadação fora das estações. Com o cartão, estima a companhia, as bilheterias serão desativadas até 2003.
Os funcionários, de acordo com a direção da empresa, serão reaproveitados na expansão da rede. Mas, em caso de atraso na licitação, de acordo com Tambelli, o Metrô não descarta a blindagem dos guichês pedida pelo sindicato.
Segundo o Metrô, computados os episódios ocorridos nas estações (de brigas a assaltos), há uma queda na média mensal do número de casos. Após um pico em 1998 de 542 ocorrências mensais, o número vem caindo: 466 (1999), 461 (2000) e 456 (2001). (SC)



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