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EDUCAÇÃO
Ministério Público investiga pagamento a funcionários
Universidade de Brasília escolhe novo reitor em meio a denúncias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A disputa pelo cargo de reitor
da Universidade de Brasília
(UnB) virou uma "guerra", com
acusações de má administração
que chegaram ao Ministério Público Federal. A eleição está marcada para hoje e amanhã.
Um dos casos foi transformado
em um pedido de investigação,
feito pelo procurador Luís Francisco de Souza à Polícia Federal.
O Ministério Público Federal
acusa a universidade de fazer pagamentos irregulares a alguns
funcionários que prestaram serviços a empresas fora da UnB.
Segundo o pedido do procurador à PF, três funcionários da
UnB receberam comissões -entre R$ 1.300 e R$ 1.700- para prepararem um concurso público
para a Infraero. O contrato foi feito entre a empresa e a Finatec
(Fundação de Empreendimentos
Científicos e Tecnológicos), uma
fundação privada, sem fins lucrativos, ligada à UnB. Foi a fundação que pagou os funcionários.
No ofício enviado pelo procurador à PF, ele diz que os funcionários não poderiam receber comissões extras por trabalharem para
a UnB, que foi a contratada. Como a UnB não poderia fazer o pagamento, diz o procurador, a fundação foi usada para isso.
Outra acusação foi levantada
por um dos candidatos à reitoria
-Volney Garrafa, do departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde.
"A UnB mantém 22 contas bancárias irregulares, inclusive uma
no exterior, isso é completamente
irregular", afirma o professor.
Além da chapa liderada pelo
atual reitor, Lauro Mohry, e da
encabeçada por Volney Garrafa,
da oposição, está no páreo Antônio Nepomuceno, diretor licenciado da Faculdade de Teologia.
Outro lado
Todos os funcionários, professores e estudantes podem votar.
O vencedor encabeçará a lista tríplice enviada ao ministro Paulo
Renato Souza, responsável pela
escolha em todas universidades.
A Universidade de Brasília não
vê irregularidade no pagamento
de comissões aos seus funcionários. "Há uma discussão jurídica
sobre se funcionários públicos
podem atuar fora de seu trabalho", diz Timothy Mulholland, vice-reitor licenciado e candidato a
vice. "Mas não acreditamos que
haja irregularidades. A UnB tem
vários casos semelhantes, assim
como todas as outras universidades." Sobre as 22 contas bancárias, explica que nenhuma delas é
usada para aplicações financeiras,
e sim para movimentações.
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